Concentrados em Hirakata, no subúrbio de Osaka, os jogadores da Seleção Brasileira masculina de vôlei têm tido dificuldade para se comunicar com suas famílias. Aqueles que deixaram filhos no Brasil vêm fazendo filas nos momentos de folga para utilizar a Internet e entrar em contato com eles.
Pai de Marlon, nove anos, e Matheus, seis anos, o líbero Escadinha não perde nenhuma oportunidade. "Converso com eles e com minha esposa Renata todo dia. Dou até bronca. Eles são preguiçosos e não gostam de fazer a lição de casa, mas eu pego no pé", explica.
O jogador disse sofrer pela distância dos garotos. "Sempre é difícil quando estou na Seleção. Ficam perguntando quando eu vou chegar e digo que falta pouco. Hoje é mais fácil, com a ajuda da tecnologia. Falta o calor humano, mas dá para tentar matar a saudade. Eles sofrem bastante, mas sabem que eu estou trabalhando", acrescenta.
Família à parte, o grupo brasileiro treinou em dois períodos nesta sexta-feira, seguindo sua preparação para o Mundial. De manhã, os atletas trabalharam defesa, saque e recepção em Hirakata. À tarde, foram a Katano onde realizaram um trabalho coletivo.
|