O magnata russo de negócios obscuros, Boris Berezovsky, vai assumir o comando do Corinthians na próxima temporada. O dirigente, que é um dos investidores da MSI, fará o mesmo trabalho do desaparecido Kia Joorabchian, apenas um gerente do grupo de investidores.
"Está na hora de agir. Não quero mais perder tempo. Se estou me apresentando como investidor é mesmo para ganhar. Nunca entro em um negócio para perder!", afirmou, em entrevista à edição desta sexta-feira do Jornal da Tarde.
Ao sair do enterro do também russo e ex-espião da KGB, Alexander Litvinenko, que teria sido envenenado por agentes do serviço secreto russo, Berezovsky falou sobre seus planos no Brasil. O primeiro deles seria acabar com a desconfiança de que o fundo não passaria de escritório de lavagem de dinheiro e, por tabela, aliviaria a pressão da Polícia Federal e da própria Fifa, que quer saber quem realmente manda no clube.
Para assumir o controle dos negócios e restabelecer o poder de fogo do Corinthians, o magnata russo precisa, ainda, formalizar um acordo com Badri Patarkatsichivili, da Geórgia, e o israelense Pini Zahavi, os outros dois investidores fortes da MSI. Com a casa em ordem, Berezovsky quer retomar a compra de craques e quitar a atual dívida corintiana, que seria de US$ 10 milhões.
"O Corinthians foi campeão no ano passado. Sei que neste ano não foi bem. Quero que volte a ser um time ganhador. Vamos assumir e contratar jogadores", ressaltou.
Um dos planos para 2007 é transformar em concreto uma velha lenda corintiana: a construção de um estádio. O russo acrescenta que o estádio poderia ser usado para a Copa de 2014, caso o Brasil seja escolhido como sede.
"Está na hora de colocar esse plano em ação. Não temos muito tempo até 2014. Precisamos acelerar. Acho que esse estádio não vai custar menos de US$ 50 milhões", completou.