Gustavo Kuerten pegou todos de surpresa quando, no último fim de semana, contou estar considerando disputar o Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam de 2007, disputado logo em janeiro. O tricampeão de Roland Garros e ex-número um do mundo, no entanto, solicitou um wild card (convite) aos organizadores do Aberto da Austrália e levou um não do diretor Craig Tiley.
O dirigente, um dos principais da Tennis Australia, a federação do país, contou que a concessão - que permite a um jogador mal colocado no ranking disputar torneios de bom nível - dificilmente acontecerá.
"Kuerten solicitou um wild card para a chave principal do torneio. Ele é um grande jogador, pelo qual temos muito respeito, mas é improvável que possamos dar um wild card a ele. Já distribuímos a maioria dos convites, e os que sobraram serão disponibilizados a jogadores australianos, baseados em ranking e desempenho", justificou Tiley.
O Aberto da Austrália distribui oito wild cards. Um vai para a Federação Francesa e outro, para a Associação dos Estados Unidos, ambos em troca de convites para australianos em Roland Garros e Flushing Meadows.
Um terceiro fica com um jogador asiático de destaque, enquanto o campeão do circuito do patrocinador ganha o quarto. O quinto é decidido em um playoff nacional.
Os últimos três, dos quais Guga pleiteia um, irão para tenistas australianos, como confirmou Tiley. Sem a opção de jogar em Melbourne, a alternativa mais viável para o tricampeão de Roland Garros, caso ele queira mesmo jogar em janeiro, é o Aberto de São Paulo, torneio Challenger - de pontuação bem menor que um Grand Slam.
Na capital paulista, em seu próprio País, o respeito de Guga segue inabalado. Qualquer diretor de torneio faria o impossível para tê-lo como atração.
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