 Bomba de gás lacrimogêneo foi usada durante a série de tumultos no Alçapão do Bonfim.
As lamentáveis cenas de tumulto e violência nas arquibancadas do estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, neste domingo, durante a partida entre Villa Nova e Cruzeiro, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro 2007, serão investigadas pela Corregedoria da Polícia Militar.
O tenente-coronel Sales, chefe do setor de Comunicação da Polícia Militar, admitiu que existiram problemas na execução do trabalho da PM no Alçapão do Bonfim. “É bom deixar claro que a Polícia Militar fez o seu planejamento para esse evento e após o planejamento há a execução. Diante do que nós vimos, de uma forma preliminar, nós até reconhecemos alguns erros, algumas falhas”, disse, em entrevista à Rádio Itatiaia.
A utilização de bombas de gás lacrimogêneo no estádio, atitude mais questionada por jogadores, dirigentes e torcedores, será investigada pela corregedoria da PM. “No que diz respeito ao lançamento da bomba, ainda carece de mais apurações. Nós temos as imagens, temos os registros de todos os policiais que estavam trabalhando naquele local e a corregedoria está apurando esses fatos a partir de hoje (segunda). Temos que aprofundar as nossas apurações para saber se, nesse caso específico do lançamento da bomba, foi correto ou não”, destacou Sales.
A utilização da cavalaria num espaço tão limitado de ação também foi justificada pelo tenente-coronel. “A cavalaria é treinada para o policiamento normal e para momentos de distúrbios. Quando chega num determinado ponto de uma situação de distúrbio, nós temos que lançar mão de todos os nossos recursos e um deles é a cavalaria. Como eu disse, estamos avaliando tudo que aconteceu no estádio de uma forma tranqüila, serena, com transparência, para que as falhas que, por ventura, tenham sido cometidas pela PM sejam sanadas, haja a responsabilidade de quem errou e não aconteçam nos próximos eventos”, concluiu.
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