A utilização de bombas de gás lacrimogêneo para conter o tumulto no estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, no último domingo, durante a partida entre Villa Nova e Cruzeiro, questionada por dirigentes, torcedores e atletas, não é fato inédito na história do ‘Alçapão do Bonfim’ e nem novo recurso da Polícia Militar para momentos de distúrbio.
Em 1999, o jogo entre o Leão e o Fluminense, pela primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro, também ficou marcado por cenas semelhantes às do último fim de semana. No dia 29 de agosto, também um domingo, um grupo de torcedores do Tricolor carioca - na época comandado por Carlos Alberto Parreira -, revoltado com a derrota por 2 a 0 para o Villa, iniciou uma onda de violência no acanhado estádio.
Após agir e efetuar algumas prisões, um grupo de policiais tentou passar com um torcedor do Fluminense, detido, por entre a torcida do Villa Nova, durante o segundo tempo da partida. Novo tumulto foi criado e um dos soldados da PM detonou uma bomba de gás lacrimogêneo. Na época, a atitude também causou revolta, já que várias crianças e mulheres estavam nas proximidades.
A violência não ficou limitada aos muros do estádio. Numa atitude irresponsável, o portão da torcida do Fluminense foi aberto antes do final da partida e as cenas de guerra invadiram as ruas da cidade.
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