A brasileira Silvana Lima deu um exemplo de superação ao conquistar a terceira colocação na etapa de abertura do circuito mundial, vencida pela australiana Chelsea Hedges sobre a novata Carissa Moore, campeã da triagem.
O Roxy Pro foi encerrado na manhã da segunda-feira na Austrália (noite do domingo no Brasil) em ondas de 1,5 metros em Snapper Rocks, Gold Coast.
Apesar das razoáveis condições do mar, a organização decidiu adiar o masculino no resto do dia.
Recuperada de uma cirurgia no joelho esquerdo que a fez perder o segundo semestre de 2006, a cearense fez uma belíssima campanha na prova.
Nas quartas-de-final, contra a aussie Melanie Redman-Carr, ela registrou as maiores pontuações do Roxy Pro.
Surfando com a mesma velocidade e ousadia de sempre, Silvana obteve notas 9.80 e 9.00 para totalizar imbatíveis 18.80 pontos.
Na semifinal, porém, a brasileira foi prejudicada ao ter a cordinha estourada e acabou superada pela virtual campeã Chelsea Hedges por um apertado placar: 13.33 x 12.50.
Na outra ponta, a promessa havaiana Carissa Moore vinha fazendo estragos. Depois de tirar a heptacampeã mundial Layne Beachley nas oitavas e a conterrânea Megan Abubo nas quartas, ela garantiu-se na final ao derrotar a aussie Rebeca Woods na semi.
Com apenas 14 anos, Moore fez história ao vencer a triagem e chegar até a decisão de um evento do WCT. Mas na final ela parece ter sentido a pressão e não conseguiu nenhuma nota acima de 4 pontos.
Mais experiente, a atual campeã mundial Hedges abriu a bateria com um 6.5 e administrou a vitória com um 4.83, totalizando 11.33 pontos. A vitória deu a ela US$ 12 mil em prêmios e 1.200 pontos no ranking em que é a líder.
Moore ficou com US$ 7 mil e 972 pontos, enquanto Silvana e Woods faturaram US$ 5,5 mil e 756 pontos pelo terceiro lugar. Mas como a havaiana não faz parte da elite, o resultado vale com um vice-campeonato para a brasileira.
A catarinense Jacqueline Silva foi eliminada nas oitavas-de-final em uma disputa caseira com Silvana, encerrando a participação no Roxy Pro na nona colocação, com US$ 3,5 mil em prêmios e 360 pontos no ranking.