Álvaro Affonso de Miranda Netto, popularmente conhecido como Doda, seguiu os passos de Rodrigo Pessoa e se recusou a participar do novo sistema que definirá os cavaleiros dos Jogos Pan-Americano do Rio de Janeiro. Doda vai além e critica veemente os critérios e os argumentos da Confederação Brasileira de Hipismo.
"Após as eleições (da CBH), Maurício Manfredi (presidente) participou de uma reunião com uns 30 proprietários de cavalos e cavaleiros, o negócio foi forte", disparou ele em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
"Ele deve estar se sentindo mal, pois está fazendo algo no que não crê. Antes, ele havia dado indicações que manteria as seletivas no sistema da administração anterior, levando em consideração os torneios internacionais", acrescentou.
A equipe brasileira no Pan será composta por quatro titulares e um reserva. Inicialmente, a idéia era montar este time a partir de resultados de concursos internacionais. No entanto, agora três nomes serão definidos em concursos disputados dentro do Brasil.
"A CBH explica que esse novo sistema serve para fortalecer o hipismo no Brasil. Mas isso se faz investindo na base, melhorando a qualidade dos cavaleiros que moram no Brasil desde pequenos. É isso que deveria ser feito", comentou Doda.
"Fiquei sabendo que Estados Unidos e Canadá virão com suas equipes principais de hipismo. A gente vai tomar ferro. Vai ser duro", afirmou o cavaleiro, segundo o jornal.
Doda, que mora em Bruxelas, na Bélgica, acha que uma viagem até o Brasil compromete a preparação dos cavalos. Além disso, o critério não garante a montagem da equipe mais forte, segundo o cavaleiro.