Os mais de cinco mil atletas que participarão dos Jogos Pan-Americanos em julho, no Rio de Janeiro, serão alertados pela Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) a ter cuidado com a violência na cidade quando estiverem fora das instalações relacionadas aos Jogos.
Com um orçamento de R$ 385 milhões do governo federal para a segurança do Pan, incluindo treinamento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para possíveis atentados terroristas, os organizadores garantem que o evento será seguro, mas há preocupação nas atividades das delegações fora das competições.
"Estamos conscientes que problemas sociais estão em todos os lados. Lógico que temos que dizer aos atletas que se cuidem", disse o secretário-geral da Odepa, Felipe Muñoz em visita ao Rio nesta quinta-feira. "Os atletas vêm muito preparados e se cuidam bastante antes de competir, mas quando terminam têm um ou dois dias para conhecerem uma das cidades mais belas do mundo, então pediremos que tenham tranqüilidade e cuidado".
De acordo com Muñoz, os avisos serão repassados aos atletas pelos respectivos chefes de missão, que esta semana estão reunidos no Rio para um seminário.
Nessa reunião, os 42 representantes dos países viram um resumo do plano de segurança do evento apresentado pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa.
Corrêa afirmou que todas as sedes de competição terão seguranças treinados pela AIEA, e que a prioridade será a Vila Pan-Americana, casa dos atletas durante a competição.
"Eles (a AIEA) já estão em parceria conosco e começamos a treinar em abril", afirmou o secretário após a apresentação. "É um treinamento técnico, de manejo, de como preservar um local e como observar questões biológicas e radiológicas", disse. O plano completo de segurança do Pan terá a participação de 14 mil agentes, 600 câmeras, 27 aeronaves e pelo menos um policial de cada um dos 41 países visitantes.
