Mais um capítulo da batalha envolvendo as obras no Estádio de Remo da Lagoa, local das competições de remo e canoagem no Pan-Americano, será travado nesta quinta-feira. O Ministério Público determinou na noite de quarta que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) embargue as obras no local.
O superintendente do órgão, Carlos Fernando Andrade, deve cumprir a orientação até o final do dia. O grande problema foi a demolição de um dos blocos, que não poderia ter sido feita sem autorização dos órgãos competentes.
De acordo com o Ministério Público, a Glen Entertainment, empresa que ganhou a concessão para explorar o local comercialmente, estaria cometendo uma irregularidade ao realizar um projeto diferente do que fora aprovado originalmente pelo Iphan.
"O Ministério Público entende que o bloco 2 não poderia ser demolido. Conseqüentemente, a empresa teria que apresentar um novo projeto para ser aprovado no Iphan e depois realizar a obra. Este é o procedimento que está sendo orientado por eles", esclareceu o superintendente do Iphan.
Mas o embargo nas obras do Estádio de Remo pode ser revertido, segundo o próprio Carlos Fernando. Ele considera que o caso é menos complicado que o da Marina da Glória, cujo os trabalhos estão interrompidos desde o início do ano.
"Acho que poderemos ter uma solução. Não considero a questão tão grave quanto a Marina", contou.
No último dia 3, o próprio superintendente visitou as obras no Estádio de Remo. Ele condenou algumas intervenções realizadas, como uma laje no bloco 1 e uma cobertura definitiva no novo bloco 2.
No entanto, o Iphan não considerou necessário o embargo imediato da obra, ressaltando que continuaria acompanhando os trabalh