Dirigentes dos clubes do interior, de Atlético e Cruzeiro se reuniram ontem com a cúpula da Federação Mineira de Futebol (símbolo - FMF) para discutir sobre as cotas de televisionamento dos jogos. A Rede Globo, detentora dos direitos de televisionamento, vai pagar cerca de R$ 17 milhões pelo torneio (R$ 13 milhões pela transmissão em canal aberto e pay-per-view, e o restante por placas, propaganda institucional e outras formas de mídia). Cada um dos 10 clubes do interior vai receber cerca de R$ 350 mil. Atlético e Cruzeiro ficam com mais de R$ 4 milhões cada um. A Federação fica com 5% do bolo, em torno de R$ 750 mil.
O presidente do Villa Nova, João Bosco Pessoa, disse que o valor foi justo. "Não vou revelar o valor, mas digo que foi bastante interessante. No ano passado, recebemos apenas R$ 42 mil e gastamos R$ 65 mil apenas com as despesas de pré-temporada", disse o dirigente.
Ele contou que Villa Nova e Ipatinga, que teoricamente possuem uma maior torcida, não reivindicaram uma cota diferenciada e preferiram se unir com os outros clubes do interior.
Mais feliz se encontrava o presidente do Guarani de Divinópolis, José Maria Dias dos Santos. O clube de Divinópolis pretende até antecipar a pré-temporada para outubro. "No ano passado, a gente montou o time à beira do início do Mineiro. Agora, além de um time mais forte, vamos conseguir administrar melhor as despesas."
Os clubes pediram à Federação Mineira que antecipasse a reunião do Conselho Arbitral, que vai definir a forma de disputa do próximo Campeonato Mineiro, para agosto deste ano. A alegria dos times do interior pode ser efêmera. Atlético e Cruzeiro devem realizar uma nova reunião com dirigentes da FMF e pretendem aumentar as suas cotas.