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SEÇÃO: Camp. Estaduais
Conheça melhor o técnico do Cruzeiro, Dorival Júnior
09/05/2007 - 15:06 hs
Clube Mineiro - Cruzeiro
 
Dorival Silvestre Júnior (foto), de 45 anos, natural de Araraquara, interior paulista, foi anunciado nesta terça-feira como novo treinador do Cruzeiro. O clube mineiro será o oitavo de sua carreira. Nesta entrevista exclusiva concedida ao Portal Uai, o novo comandante fala dos planos de valorização da base, do Campeonato Brasileiro, de reforços e do seu estilo de trabalhar.

Esta é grande oportunidade de sua vida?

Acho que tudo na vida são desafios, esse é mais um momento importante pra mim, não tenham dúvida disso, mas acho que você não pode nunca ter algo como limite e nem como desafio superável, acho que é uma grande oportunidade de um trabalho que com certeza eu vou esperar realizar dentro do Cruzeiro com a mesma transpareência de tivemos na maioria dos clubes, acho que aos poucos você vai nos conhecer, o nosso trabalho é sério, é voltado para melhorar a condição principalmente dos jogadores vindos da base do clube, valorizo muito esse lado, e eu acredito que estejamos preparados para enfrentar uma situação como essa, reconhecendo logicamente tudo aquilo que representa o Cruzeiro no cenário nacional, mas tendo muita confiança de que possamos fazer com que o Cruzeiro volte novamente a se equilibrar, principalmente no Brasileiro, que é o nosso primeiro objetivo, como sempre o foi durante muitos anos.

O que conhece do elenco do Cruzeiro, que foi montado esse ano em sua maioria?

Conheço boa parte dos jogadores, é lógico que você não conhece profundamente. Eu vi 30 minutos da última partida contra o Atlético, ou melhor, da primeira partida da decisão, cheguei em casa depois do jogo com o Santos e estava passando a partida, assisti, conheço alguns jogadores um pouco mais, eu espero que dentro de pouco tempo nós já estejamos integrados e acho que isso não é uma questão que nos aflije nesse momento, até porque eu vou procurar diminuir esse tempo de adaptação do grupo e eu acho que nós fomos jogadores, a linguagem é a mesma, a condição que é dada é para que esse grupo possa voltar a jogar com tranqüilidade, temos que tentar colaborar o máximo possível e buscar intensificar esse contato para podermos definir o grupo de trabalho e, em cima disso, procurar melhorar a concepção do grupo.

O fato de o Cruzeiro ter perdido o Mineiro com aquela goleada no primeiro jogo, apesar da reabilitação no segundo, e de ter saído prematuramente da Copa do Brasil, torna a sua missão mais difícil?

Eu acho que a campanha em si no Mineiro já mostra que o Cruzeiro, ainda que vindo de uma reestruturação, ele estava começando a buscar um caminho e um equilíbrio. É natural que às vezes ocorram situações como acabaram acontecendo, isso é um fator natural de qualquer equipe que esteja em montagem. Mas temos que trabalhar com isso, dar seqüência ao trabalho do Paulo, que é um trabalho muito qualificado, e tenho certeza que encaminhou e muito bem no sentido de fazer com que o Cruzeiro começasse a adquirir uma estrutura, acho que agora nós temos que começar a observar dentro da condição possível, facilitar ao máximo para que esses jogadores se reencontrem novamente e voltem a jogar com naturalidade, isso é o fundamental.

Qual é o seu estilo de trabalhar?

Acho que você tem que conciliar essas várias situações. Você tem que ter o momento em que, logicamente, dá o tapa e o momento em que você passa a mão. Em tudo na vida é assim. Cobrança vai existir sempre e isso é fundamental. Uma equipe como o Cruzeiro tem que estar sempre buscando a melhor condição possível, principalmente num campeonato nacional, e não há como abrir mão. É uma equipe que já foi campeã brasileira. Aos poucos vocês vão me conhecer, acho que não tem diferença pra ninguém não, cada um tem o seu jeito de trabalhar, sua maneira de ser, a nossa linguagem é do campo, é de dentro do campo, é tentar repetição, é o dia a dia, dar muito valor ao trabalho do dia a dia para que a gente possa fazer com que esses jogadores individualmente cresçam e logicamente o conjunto vai ganhar e muito.

Já indicou reforços à diretoria?

Não aconteceu essa conversa, nós estaremos chegando amanhã em Belo Horizonte, acho que tudo que aconteceu até agora e que já esteja encaminhado, com certeza, a diretoria tem todo o aval possível para poder finaliza-los. Caso contrário, acho que a partir de agora, desse momento, nós começamos também a entrar no circuito para que possamos analisar com mais frieza o elenco, o grupo, para estar sabendo e conhecer rapidamente aquilo que temos na mão. O Cruzeiro tem capacidade suficiente para poder encontrar aí dentro alguns jogadores que possam dar um suporte para essa equipe, mas havendo necessidade, logicamente, o Cruzeiro nunca deixou de buscar jogadores. Essa mescla é necessária e nós vamos trabalhar sim, tentando a base como suporte, mas acima de tudo buscando alguns elementos importantes para fazer uma equipe cada vez mais forte.

O Cruzeiro estaria prestes de contratar o Júnior, que seria liberado mais cedo pelo São Paulo, e fala-se muito de jogadores que estavam sob o seu comando, caso do Triguinho, do Thiago e do Canindé. Eles podem vir?

Por enquanto eu não posso adiantar nada, a única coisa que posso dizer é que são jogadores de qualidade, são excelentes, poderiam acrescentar a qualquer equipe, agora tudo isso vai ser conversado com a diretoria, internamente, sem que haja alarde, as coisas no Cruzeiro sempre foram feitas com os pés no chão, com equilíbrio, esse é o caminho para se chegar a determinadas situações necessárias para o clube se fortalecer ainda mais.

Você já trabalha contra o Fluminense, no sábado?

Claro que sim, não tenha dúvida, não tem porque não. Se eu chegasse aí no sábado de manhã eu já gostaria de estar no banco, independente (mente) daquilo que viesse a acontecer. Não tenho receio disso não e pra mim eu quero estar o quanto antes em contato com o grupo e com condições de poder iniciar as análises e implantar a nossa maneira de trabalhar.

Qual a projeção que você faz do Brasileiro, qual a meta inicial do Cruzeiro, já que o grupo está sendo montado?

Acho que nós temos que ter ambição, ambição comedida, uma ambição em que você, acima de tudo, reconheça o valor do seu grupo e saiba até que momento você possa atingir. Acho que isso daí é uma realidade, e você não pode fugir a uma realidade. Não é porque nós fomos em determinado momento campeões brasileiros que hoje, sem que você tenha tudo nas mãos, você vá querer o mesmo objetivo. Você tem que saber mensurar para saber o momento, a situação, as necessidades, para daí sim você buscar a melhor condição possível dentro de um campeonato que exige, de uma torcida que é exigente, que nós temos que ter uma postura como essa. Quem está no Cruzeiro tem que vivenciar o melhor possível, tem que buscar a melhor condição possível, porque é isso que exige a torcida, a diretoria e acho que a nossa cobrança tem que ser em cima disso.

Você recebeu muitas propostas. Por que a opção pelo Cruzeiro e houve mesmo uma proposta oficial do Atlético?

Houve uma situação sim do Atlético, por sinal eu respeito muito a pessoa do presidente Ziza. O que aconteceu é que as coisas se encaminharam para o lado do Cruzeiro, eu estou muito satisfeito com o que foi decidido, hoje eu vou trabalhar com todas as minhas forças para que o Cruzeiro possa crescer e evoluir, chegamos a essa situação e eu estou muito contente, muito satisfeito, também deixo o meu respeito como o presidente Ziza conduziu toda a situação.

A sua comissão técnica é a mesma do São Caetano?

Sim, é a mesma. Eles já estão comigo há quase três anos, são profissionais excelentes, tenho certeza que com tranqüilidade, com equilíbrio, todos vocês vão conhece-los também e vão sentir a condição de cada um. É o Ivan Izzo, que foi goleiro do Palmeiras, e o Celsinho Rezende, que foi preparador físico do Figueirense por quatro anos e está comigo há três anos.

Quais foram as referências de treinadores que você absorveu mais na sua carreira?

Acho que um pouco de cada um, eu trabalhei com muitos treinadores e você tira um pouquinho de cada um. Você tira de cada jogador também. Não se aprende só observando treinadores não. Você olha às vezes dentro de um botequim, a maneira como o cara conduz o botequim, e isso é importante. Você vai formando a sua maneira de ser, a sua personalidade, isso é importante. Acho que o ser-humano tem que evoluir dessa forma, não é só observar quem está lá no topo não, tem que observar do seu lado às vezes que você pode crescer com um detalhe que alguém te apresente sem querer.


 
Fonte: www.superesportes.com.br
 
 

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