Falavigna troca ida à Ásia por preparação para o Pan-Americano
25/05/2007 - 13:53 hs
pan-americano 2007
Após a medalha de bronze no Mundial de Taekwondo, encerrado nesta semana em Pequim, Natália Falavigna retornou ao Brasil para tratar lesão no tornozelo direito, que a incomoda desde antes da viagem para a Ásia. A atleta não seguiu com o restante da delegação para treinamento na Coréia do Sul. O objetivo dela é estar preparada para os Jogos Pan-Americanos.
"Quero estar totalmente recuperada e na melhor forma para os Jogos Pan-Americanos", justificou a campeã mundial de 2005 na categoria até 72 quilos. Também retornaram os atletas Marcel Wenceslau, Gilvan Santos, Licínio Soares, Katia Arakaki, Paula Caroline e Aparecida Santana.
Sem conseguir repetir o ouro que a consagrou na Espanha, Natália - que caiu nas semifinais diante da mexicana e nova detentora do título Maria Espinoza - viu o desempenho do Brasil na competição despencar.
Na classificação geral, o Brasil passou do 5º lugar para o 19º em 2007. Há dois anos, além da lutadora paranaense, Márcio Wenceslau também subiu ao pódio. Ficou com a prata na categoria até 62 kg. Desta vez, o seu irmão Marcel ganhou a medalha de bronze.
Embora considere que o taekwondo passe por uma fase de crescimento técnico no Brasil, Natália lamenta que a área administrativa não acompanhe essa evolução. "O vice-presidente Marcelino Soares vem fazendo um bom trabalho. Nossos treinadores também são muito ótimos. Mas nenhum lutador se sente valorizado recebendo um salário de R$ 600 por mês".
No Mundial, Natália observou adversárias que poderão cruzar seu caminho nos Jogos Pan-Americanos. "Percebi que ninguém está no auge. Mas é difícil antecipar quem estará forte no Rio de Janeiro. México e Cuba foram bem, mas isso não quer dizer que sejam favoritos. A Venezuela foi mal, mas também não significa que não tenha chances, até porque está investindo muito no taekwondo", avaliou.
Na opinião de Natália, se funcionou como termômetro das possibilidades brasileiras no Pan, o Mundial da China não pode servir de referência como prévia dos Jogos Olímpicos de 2008.
"A organização foi muito ruim. Eu mesma sofri com isso. Cheguei para lutar às 7h e só lutei às 18h. Várias finais só foram disputadas por volta das 23h. Nunca havia visto um Mundial assim", criticou a atleta de 23 anos.