Ana Paula acha que Playboy não vai atrapalhar carreira de árbitra
21/06/2007 - 08:57 hs
Banderia aceita posar nua
Bonita, competente como auxiliar técnica e polêmica. Assim é Ana Paula Oliveira, a auxiliar de arbitragem mais desejada do Brasil , que ganhou espaço na mídia nacional, nesta semana, por comunicar sua decisão de posar nua para a Revista Playboy. O Portal Futebol Interior com absoluta exclusividade a entrevistou por ocasião de um chat especial realizado com a mais cobiçada bandeirinha do país.(foto)
Os campos de futebol vão perder, pelo menos, temporariamente, a beleza da auxiliar de arbitragem mais cobiçada do Brasil. Aos 29 anos, ela resolveu aceitar a proposta para exibir seus belos predicados físicos numa revista masculina. A bandeirinha será capa da Playboy de julho, por um cachê bem gordo, mas acredita que isso não afetará seu futuro na arbitragem.
“Foi uma decisão bem amadurecida, principalmente com minha família. Minha mãe foi a principal incentivadora deste trabalho, que é diferente, é artístico, e não tem nada a ver com a arbitragem”, disse ela, nesta tarde, em Campinas.
Cachê de estrela Os riscos de perder a carreira são compensados pelo seu novo contra-cheque: comenta-se nos bastidores da bola, que Ana Paula poderá receber R$ 250 mil fixo e mais R$ 1 por cada revista vendida. A edição terá 330 mil exemplares, com previsão de venda em torno de 300 mil. Ou seja, ela deve faturar mais de R$ 500 mil e fazer seu pé de meia.
Além disso, terá em julho uma série de eventos programados para a divulgação da revista, o que a afastará da arbitragem até o final de agosto, porque neste mês participará de eventos nos Estados Unidos. “Isso já estava tudo programado, portanto, só devo voltar mesmo apitar em setembro. Até lá, acho que todo este alvoroço terá passado”, prevê.
Sem entrevistas Por questão contratual, a partir de agora, ela não pode mais dar entrevistas. Nesta terça-feira ela participou do Chat do Portal Futebol Interior, um compromisso assumido anteriormente. A sessão de fotos com o renomado fotógrafo J.R.Duran prevê exaustivas poses na quinta e sexta-feira. Ela cumprirá um compromisso, sábado, em Ribeirão Preto, e retornará domingo para completar o trabalho.
“Faz parte do contrato de que eu posso escolher as fotos”, assegura, sem revelar detalhes de onde serão produzidas as imagens. E não perde a chance de fazer um agradecimento geral a todos os jogadores e técnicos do Brasil que a ajudaram bastante, principalmente respeitando seu trabalho como auxiliar.
Promessa: sem punição Sobre a possível repercussão que possa ter no meio de arbitragem, Ana Paula acredita que “esta iniciativa não deve e não pode atrapalhar meus colegas de profissão”. O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de São Paulo, Marcos Marinho, assegura que a auxiliar terá o apoio da entidade. Mas é cauteloso com relação ao que possa acontecer no futuro.
“Vamos aguardar os fatos para avaliar o quanto isso pode ou não interferir no seu trabalho dentro de campo”, afirmou. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Edson Resende, também manteve a mesma posição em nota publicada no site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Confusões e machismo Se nos últimos anos, Ana Paula chamou atenção por ser pioneira na arbitragem feminina em jogos de alto nível técnico e, naturalmente, por sua beleza, nos últimos meses ela se envolveu em vários erros grotescos de arbitragem. Experimentou a geladeira na Federação Paulista de Futebol ao errar no clássico Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, quando anulou um gol legítimo de Jonas, atacante santista.
Também foi afastada dos jogos oficiais da CBF – Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro - após errar feio em dois impedimentos contra o Botafogo diante do Figueirense, pela Copa do Brasil. Arrancou até um desabafo machista do vice-presidente botafoguense, Carlos Augusto Montenegro:
“Vocês já viram alguma mulher trabalhando numa Copa do Mundo? Mulher foi feita para ficar na cozinha, cuidando da casa”. Agora ela vai aguçar os sonhos eróticos de milhares de leitores nas páginas da Playboy.