Gigante e vaidosa, pivô brasileira diz que odiava basquete
04/07/2007 - 08:00 hs
pan-americano 2007
Piercing na língua, seis tatuagens espalhadas pelo corpo e cabelo descolorido. Soma-se a isso, a altura de 2,02m e o jeito descontraído e simpático que irradia nas quadras. Com todo esse conjunto, a pivô Ísis chama a atenção nos treinos da Seleção feminina de basquete. Porém, apesar de ser um dos destaques da nova geração da equipe comandada por Antonio Carlos Barbosa, a jogadora afirma que nem sempre teve como sonho jogar basquete. Muito pelo contrário. (foto)
"Eu odiava o basquete. Meu pai era jogador profissional e eu passei minha infância nas quadras, olhando ele quebrar o nariz, machucar o rosto. Sempre tive uma visão de um esporte violento", afirmou Ísis.
A mudança que a fez se convencer do contrário em relação ao esporte aconteceu pouco antes de 2004. "Quando eu estava estudando para entrar na faculdade, engordei muito. Cheguei a pesar 110kg. Meu pai então resolveu me pôr para correr e eu acabei entrando no esporte", explicou.
Apesar dessa vida movimentada de atleta, a pivô não descuida da beleza e inova colocando acessórios como o piercing na língua. Ao ser questionada se o acessório já lhe causou problemas, Ísis brinca.
"Não dou nem bola, tenho outro piercing na sobrancelha, mas tenho que tirar para jogar. O técnico do meu clube (Catanduva) não gosta muito disso, mas eu não tiro. É lógico que se o Barbosa pedir, eu vou acatar, porque aqui é Seleção Brasileira", comentou.
A jovem pivô mostra que também não liga para as brincadeiras com relação ao seu tamanho. "Aqui na Seleção me apelidaram de grande. No basquete, tenho a desvantagem de perder na agilidade, mas por outro lado ninguém me pára no garrafão", afirmou.
Além das tatuagens e do piercing, Ísis diz que é fascinada por Internet. "Eu adoro jogos, orkut (site de relacionamentos). Baixei vários jogos velhos antigos de videogame para o computador, comprei controle, aquela direção de carro de corrida e me divirto".
A pivô afirma que até precisou diminuir um pouco o tempo na frente do computador nos últimos dias.
"Semana passada eu estava entrando direto. Agora tive que dar um tempo para me concentrar nos treinos", disse a atleta.
Aproveitando o bom momento, Ísis disse que esta oportunidade é única e espera ganhar experiência para o futuro.
"Para mim está sendo maravilhoso conviver ao lado de jogadoras como Janeth, Micaela, Kelly e Ega, que já tem uma bagagem internacional que eu nunca tive. Tento sugar o máximo e aproveitar todo esse momento", concluiu a pivô.
Piercing na língua, seis tatuagens espalhadas pelo corpo e cabelo descolorido. Soma-se a isso, a altura de 2,02m e o jeito descontraído e simpático que irradia nas quadras. Com todo esse conjunto, a pivô Ísis chama a atenção nos treinos da Seleção feminina de basquete. Porém, apesar de ser um dos destaques da nova geração da equipe comandada por Antonio Carlos Barbosa, a jogadora afirma que nem sempre teve como sonho jogar basquete. Muito pelo contrário. (foto)
