Justamente contra os cubanos, que vêm se convertendo em arqui-rivais dos donos da casa no Rio de Janeiro, aconteceu a principal confusão. O entrevero ocorreu após a polêmica vitória de Sheila Espinosa sobre a brasileira Érika Miranda na final da categoria até 52kg do judô.
A decisão do árbitro dominicano Juan Chala, que aplicou uma punição em Érika e decidiu a disputa, gerou revolta no público, que atirou copos e outros objetos no tatame. A confusão envolveu outros judocas e até o ex-atleta Aurélio Miguel, que foi ameaçado pela ex-jogadora de vôlei cubana Regla Torres.
Antes da briga no judô e dos posteriores abraços conciliatórios entre membros das duas equipes, o tempo já havia fechado no handebol. No final da vitória por 30 a 22 do Brasil na decisão, os argentinos se irritaram com os gritos de "olé" e "vice de novo" da torcida. Socos, pontapés e cinco expulsões foram o saldo do entrevero.
Menor, a tensão também existiu na final do vôlei de praia. Indignado com uma decisão do juiz no primeiro set, o norte-americano Hans Stolfus reclamou muito e criou uma inimizade com o público que durou até o fim do jogo. Ele e seu companheiro Ty Loomis perderam por 2 sets a 0 para Ricardo e Emanuel, parciais de 21/19 e 21/13.
Confusões à parte, o dia foi bom para o Brasil no quadro geral. O vôlei de praia e o handebol não foram os únicos esportes que colocaram a bandeira verde e amarela no ponto mais alto. O judoca João Derly, na categoria até 66kg, os nadadores César Cielo, nos 50m livre, e Rebeca Gusmão, nos 100m livre, e o patinador Marcel Stürmer, também venceram.
Com os resultados obtidos neste domingo, o país que recebe o Pan-Americano passou a computar 85 medalhas (26 de ouro, 23 de prata e 36 de bronze) e se consolidou na terceira posição. A distância é grande para o quarto colocado Canadá, que soma 13 ouros, e pequena para Cuba, vice-líder com 29 medalhas douradas.