Após gafe, Rio 2007 segue protocolo e é declarado melhor da história
30/07/2007 - 09:30 hs
Pan-americano
A quebra de protocolo que marcou a cerimônia de abertura do Pan-Americano do Rio de Janeiro não se repetiu neste domingo, na festa de encerramento do Rio 2007. O Comitê Organizador seguiu a cartilha desta vez e viu o presidente da Odepa, o mexicano Mario Vázquez Raña, declarar a edição carioca a melhor da história.
Como é de praxe nas cerimônias de encerramento, Raña fechou a festa dizendo que "o Rio celebrou os melhores Jogos Pan-Americanos da história". Nas últimas edições do Pan, ele só não repetiu o gesto em Santo Domingo-2003, marcado por atrasos e confusões e com a memória viva de Winnipeg-1999, o mais elogiado da história.
No sábado, o mexicano, que preside a Odepa há mais de 30 anos, tinha evitado declarar o Rio-2007 como o melhor da história, afirmando que os Jogos tinham sido "quase perfeitos". Neste domingo, o dirigente fez o elogio, mas com um ar um tanto constrangido. Logo em seguida, às 19h05, Raña declarou fechado o Pan.
Antes disso, a cerimônia empolgou em poucos momentos. As vaias, que marcaram a abertura e fizeram com que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fosse o primeiro chefe de estado a não abrir o Pan, voltaram. Quando o presidente do Comitê Organizador do Pan, Carlos Arthur Nuzman, agradeceu aos poderes federal, estadual e municipal, um misto de vaias e aplausos foi ouvido.
Raña não teve a mesma sensibilidade de Nuzman para colocar os agradecimentos ao poder público juntos. Quando ele citou os nomes de Lula e do prefeito do Rio, César Maia, o público presente vaiou, demonstrando uma briga política velada nas arquibancadas do Maracanã.
Quando Raña encerrou o Rio 2007, começou a passagem do bastão para a próxima sede do Pan, a mexicana Guadalajara. A bandeira da Odepa foi passada para os mexicanos, mas antes, o prefeito César Maia a beijou.