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SEÇÃO: Outros Esportes
Monteiro Lobato também amava o xadrez
22/08/2007 - 12:27 hs
 
Francisco Santos, Xico Xadrez, bicampeão mineiro, ex-presidente da LUX
xicoxadrez@hotmail.com

O convite para vir a uma escola com o nome de Monteiro Lobato (Foto) me deixou envaidecido. No meio das dificuldades da vida vir a uma escola com o nome do grande escritor, onde “O Sítio do Picapau Amarelo” é um exemplo sensacional é um orgulho. Um homem que sempre lutou pela sua Pátria! Que batalhou para que o petróleo fosse nosso com a criação da Petrobrás. Nesta oportunidade, vim falar de reis e peões, cavalos e torres, bispos, rainhas. Tudo o que se esconde no mundo mágico do xadrez é como fosse falar um pouquinho para mim e para todos nós.

Para a diretora, explicando o que fazer mais adiante. Para os estudantes, descortinando um novo mundo. Aos professores, novas janelas e portas se abrindo. Orientadores, funcionários, mestre, colegas, este mundo mágico do xadrez já foi cantado por Monteiro Lobato, por Mário Palmério em Vila dos Confins, por muitos filósofos e estudiosos que viram relação do xadrez com o intricado jogo da vida. (ver site www.xadrezlux.pop.com.br)

A torre seu andar reto, como um farol a nos dizer, que a honestidade, a retidão são valores importantes. A tolerância, também, o respeito ao diferente, às diversas culturas, eis a mensagem do bispo com seu andar diagonal.

A dama ou rainha, o seu andar é a soma dos dois, ela atravessa o tabuleiro, com suas linhas horizontais, verticais, diagonais. O Feminino, o Poder, parece ser invocado em seus passos.

Do cavalo, com seu andar diferente, um L, pode-se extrair a criatividade que todos devemos ter na vida. Criatividade para acrescentar em nosso olhar, para entender e até suportar estudo, vida, trabalho, perdas, vitórias, derrotas. A criatividade traz equilíbrio; é essencial para que o caminho seja mais suave.

Louvo também no Monteiro Lobato a persistência, o afeto pelo educar, que nos falava Paulo Freire, Jane, Maxi, Ana, Chicão, Silvio, todos querendo ir além e fomentando possibilidades enriquecedoras. Como é rico meu esporte.

Vocês vão descobrindo aos poucos. O peão anda só para frente, de um em um, parece uma alegoria da vida, mas, pode vencer na vida, só chegar até o outro lado do tabuleiro, quando recebe a promoção. O peão, notem, é sua evolução material, como a Liga Uberabense de Xadrez, a LUX, evoluiu até chegar aos seus 27 anos, que estamos comemorando. A fineza vai para o rei. Quando você está defendendo o rei de um xeque é como se você estivesse defendendo a você mesmo. Não desanime. O rei representa sua evolução espiritual. Se algum dia, a vida te deixar em xeque-mate, mantenha a calma...

Comece outra partida. Aprenda com o xadrez que as dificuldades da vida são para serem superadas. Este o segredo do preto-e-branco: ir além das dificuldades que a vida te apresenta.

Foto: http://www.pontenova.com.br
 
 
 

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