Jaqueline (foto) embarca na noite desta última terça-feira para Modena, acompanhada de seu namorado, Murilo, para se preparar para o julgamento do resultado positivo de seu exame antidoping. O advogado que irá representar a jogadora será o italiano Eugênio Golini, experiente em casos como esse. Apesar da confiança em sua inocência, o empresário da atleta, Jorge Assef, teme por uma suspensão.
- A gente tem certeza que ela não se dopa e que não teve culpa no ocorrido. Porém, o juiz pode entender diferente. Nós já tivemos um caso parecido aqui no Brasil com a Maurren Maggi que pegou a pena máxima de dois anos de suspensão. Não dá para saber o que vai acontecer – afirma Jorge Assef, de São Paulo, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
Troca provocou o doping E azar é a palavra que melhor define a situação, segundo Jorge. O empresário afirma que Jaqueline normalmente utilizava o CLA de outro fabricante, mas um dia teve que trocar.
- Ela ia viajar e pediu à irmã para comprar o CLA. Como não tinha do seu fabricante normal, ela comprou de outro. Mas isso, em situação normal, não traria nenhum problema já que funciona como qualquer remédio. Quando você quer aliviar a dor de cabeça o médico receita parecetamol, você pode escolher entre vários remédios que têm o composto. Com o CLA acontece o mesmo, o médico receitou a substância e ela escolheu um remédio que o continha.
No Pan negativo Para Jorge a prova da inocência de Jaqueline está na conduta da atleta. Em nenhuma outra ocasião, a jogadora teve problemas com suspeitas de doping.
- Os jogadores de ponta do vôlei mundial realizam de quatro a oito exames oficiais por ano. Além disso, tanto a seleção quanto os próprios clubes submetem os atletas ao anti-doping. Antes do Pan, por exemplo, a CBV testou todas as jogadoras e o teste da Jaqueline deu negativo. Esperamos que o tribunal leve isso em conta.
Em busca da prova da inocência Para encontrar as provas que podem absolver Jaqueline, foi necessário percorrer um longo caminho. - Assim que saiu o resultado positivo, a Jaqueline achou que fosse por causa de um chá que ela tomou, mas descobrimos que a bebida era totalmente natural e fomos atrás do verdadeiro motivo do doping. Enviamos para o COB e para a CBV uma lista de compostos que ela usava em remédios e recebemos uma resposta do COB dizendo que a Anvisa havia proibido o consumo de CLA (ácido linoléico conjugado) da fabricante Integral Médico por estar contaminado com sibutramina. Por azar, a Jaqueline havia consumido esse produto, antes da Polícia Federal recolher todo o estoque no país.
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