Uma das principais forças do futebol mundial e sede de um dos maiores encontros homossexuais do planeta, o Brasil é a ausência mais sentida no Mundial Gay que acontece na vizinha Argentina. (foto)
A ausência brasileira na competição é atribuída pelos grupos que defendem a causa homossexual ao preconceito social no país.
Um dos grupos que se preparava para representar o Brasil no Mundial da Argentina era o Rosa Futebol Clube, equipe formada pela facção organizada Fla-Gay, que apóia o Flamengo no Rio de Janeiro. No entanto, o time se dissolveu, segundo seus organizadores, em razão de ameaças homofóbicas.
"Lamentavelmente, não temos nenhuma equipe do Brasil", afirmou Natalia Rolla, uma das organizadoras do evento na Argentina, que começou no domingo passado e se estenderá até o próximo sábado.
"Pelo que me falaram, a equipe de mulheres estava para vir, mas acabaram suspendendo a viagem por falta de adversárias de outros países", emendou a organizadora do Mundial.
Para o professor Jossiel Souza, um dos organizadores da tradicional Parada do Orgulho Gay, que reúne anualmente cerca de três milhões de pessoas em São Paulo, existe discriminação quanto à presença de homossexuais no futebol brasileiro.
"Muitas vezes temos que esconder nossa condição, não por vergonha, mas para que os heterossexuais nos deixem jogar, pois não temos um torneio organizado", descreve o ativista.
O Mundial na Argentina é organizado pela Associação Internacional de Futebol de Gays e conta com 28 equipes de homossexuais e lésbicas, sendo cinco times argentinos, nove dos EUA, quatro do Reino Unido, dois de Austrália, Canadá e Chile, e um de México, Irlanda, Islândia e Uruguai
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