Marion Jones devolve medalhas conquistadas em Sydney-00
09/10/2007 - 08:06 hs
Devolução de Medalha por doping
A norte-americana Marion Jones (Foto), que na semana passada se aposentou ao admitir uso de doping na preparação para os Jogos Olímpicos de Sydney-2000, devolveu as cinco medalhas que conquistou na Olimpíada na Austrália.
Ela pede desculpas às adversárias e espera que o livro de recordes seja corrigido para refletir os feitos exatos", disse à agência Reuters uma fonte próxima à atleta. Henry DePippo, um dos advogados de Jones, confirmou a devolução das medalhas.
O Comitê Olímpico Internacional (COI), entretanto, ainda não confirmou a devolução das medalhas. "Eu não posso confirmar isto. O processo é feito para que as medalhas sejam entregues ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos e depois repassadas para nós", disse um dirigente do COI.
Embora tenha anunciado sua aposentadoria, Jones também teve de acatar uma suspensão de dois anos imposta pela Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos).
Em Sydney-2000, Marion Jones viveu o auge de sua carreira, quando conquistou três medalhas de ouro e duas medalhas de bronze.
A ex-velocista estava ligada, desde 2003, com o escândalo dos laboratórios Balco, que produziam substâncias dopantes que não eram detectadas em exames antidoping. Ex-recordista mundial dos 100 metros rasos, e antigo namorado de Jones, Tim Montgomery e o agora recordista em número de home runs do beisebol americano, Barry Bonds, também estão ligados ao Balco.
Após a publicação de uma carta em que admitia o uso de doping antes das Olimpíadas de Sydney-2000, Marion Jones disse na última sexta-feira, em tribunal, que vai se declarar culpada por dois crimes ligados a uma investigação pelo uso de esteróides anabolizantes.
Ela confessou que mentiu a investigadores federais sobre o uso de esteróides e também a respeito de caso de fraude com cheques, que não tinha relação com as investigações do caso Balco. Ela foi liberada para esperar pela decisão do juiz em liberdade. Jones volta ao tribunal no dia 11 de janeiro, quando deve sair a sentença pelos crimes.
Durante a audiência de sexta, ela voltou a apontar seu ex-treinador, Trevor Graham, como culpado. Ela disse que tomou substâncias proibidas pensando ser óleo de sementes de linhaça. "Em novembro de 2003, eu percebi que ele estava me dando drogas para melhorar minha performance", disse.
Depois de anos negando o uso de doping, Marion Jones, 31, admitiu o uso de drogas em uma carta enviada a parentes e amigos próximos, publicada pelo jornal The Washington Post.