Presidente da CBDA se diz decepcionado com caso Rebeca
09/11/2007 - 08:10 hs
COB espera resultado
As projeções para Rebeca Gusmão (foto) eram otimistas, com a esperança de vê-la em duas finais olímpicas nos Jogos de Pequim (2008). Mas a decepção tomou conta do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, depois do resultado positivo da nadadora por uso de testosterona e da notícia de que duas amostras de urina colhidas durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro são de pessoas diferentes.
Fiquei mais triste. Isso complica muito a situação dela", afirmou Coaracy, nesta quinta-feira, referindo-se ao fato de os DNAs dos testes serem diferentes. "Estou muito decepcionado e desapontado, com o risco de perder uma grande nadadora. Tenho uma relação quase de pai com todos os meus atletas", completou o dirigente
Finalista em Pequim Coaracy contou ainda que Rebeca era uma de suas apostas para Pequim. "Temos uma geração maravilhosa, com grande chances de brilhar na Olimpíada, e esperávamos contar com ela. Nossa projeção é a de que ela seria, no mínimo, finalista nos 50m e nos 100m livre. Mas ela poderia até chegar lá e ganhar medalha, porque é uma grande nadadora", comentou Coaracy.
Mesmo sem Rebeca, o dirigente está otimista pela participação da natação brasileira nos Jogos Olímpicos. "Temos o Kaio Márcio, o Thiago Pereira e o César Cielo. Nosso revezamento 4x100m livre também é muito bom e ainda temos a Poliana Okimoto na maratona aquática", enumerou ele.
Coaracy, no entanto, acredita que eram infundados os comentários sobre o físico de Rebeca, que despertava suspeitas. "Isso tudo é folclore. Ela tinha feito 21 exames de 2006 para cá e só agora veio o problema", ponderou o dirigente. "Mas temos que saber que isso não é o fim do mundo e precisamos seguir trabalhando", concluiu.
Família busca força na religião Rebeca Gusmão e sua família recorrem à ajuda divina para superar o momento difícil que a nadadora vive. Católicos e freqüentadores da Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Brasília, os pais e a irmã Aline, 25 anos, rezam para que o momento difícil passe o mais rápido possível.
"A família é o suporte nessa hora. Independentemente de qualquer coisa, a Rebeca e todos nós estamos com a consciência tranqüila. Deus é grande e nos dá força nessa hora", afirma Aline, que tem conversado muito com Rebeca, que está em São Paulo.
"Ela não ficou baqueada, está tranqüila. Os fatos novos aconteceram muito rápido e, às vezes, procuramos nem aprofundar muito no assunto. O papel da família é ter pensamento de que tudo acabará bem", disse a irmã da atleta.
No começo da noite desta quinta, Inês, mãe de Rebeca Gusmão, foi para mais uma corrente de orações na Igreja de Nossa Senhora das Graças. O pai, Ajalmar, também tem sido importante na corrente de apoio para Rebeca.
COB espera a decisão final O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se pronunciou nesta quinta, em nota, a respeito do caso de doping, afirmando que vai esperar "a decisão final das entidades internacionais responsáveis: a Federação Internacional de Natação (Fina) e a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) sobre as questões que envolvem a nadadora, não tendo até o momento recebido qualquer comunicação oficial por parte destas entidades".
O COB afirmou que, caso se confirme o doping de Rebeca, acatará as decisões finais das entidades, ainda que elas "impliquem na perda das medalhas pela atleta e, conseqüentemente, pelo Brasil, independente dos prejuízos técnico e moral que esta decisão possa causar ao esporte brasileiro".
Lembrou ainda o COB ter feito 900 exames preventivos na preparação da equipe brasileira para o Pan do Rio, inclusive em Rebeca Gusmão, tendo sido apurado um caso positivo, o do atleta Magno Nazarét, do ciclismo.
O CO-Rio esclareceu que não foi informado a respeito oficialmente pela Odepa.
As projeções para Rebeca Gusmão (foto) eram otimistas, com a esperança de vê-la em duas finais olímpicas nos Jogos de Pequim (2008). Mas a decepção tomou conta do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, depois do resultado positivo da nadadora por uso de testosterona e da notícia de que duas amostras de urina colhidas durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro são de pessoas diferentes. 
