A Fifa quer ver a Copa de 2014 com dez sedes. O Brasil, que organizará a competição, deseja contar com 12, o mesmo número do Mundial de 2006, na Alemanha. E empresas dispostas a investir no torneio já falam em um campeonato com 18 cidades-sedes.
Até o fim do ano que vem, o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, em conjunto com a Fifa, escolherá as sedes - que deve ficar entre oito e 12 - responsáveis por abrigar os 64 jogos da competição.
Um dos que defendem a presença de 18 sedes na Copa de 2014 é Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). "Por que não 18 cidades? Por que eliminar a região A, B ou C?", questiona.
"Cada município é que vai ter de provar ser capaz de realizar um projeto que tenha sustentabilidade. Não cabe a nós eliminar nenhuma cidade. Elas mesmas vão acabar se eliminando. Se 15 cidades se viabilizarem, então essas 15 devem ser eleitas", diz.
"Dois terços dos investimentos vão ser privados. Então, a empresa não vai investir em uma cidade se não tiver certeza que ela será sede. Se for uma obra pública e de interesse da cidade, será útil mesmo sem jogos da Copa do Mundo", conclui Simão.
Para o presidente da Cbic, mesmo que não seja escolhida como sede para a Copa de 2014, a cidade pode servir de base das seleções na fase de preparação. "Dinheiro há. E impressionante a quantidade de recursos disponíveis para investimento na Copa do Mundo", declara.
Faltando sete anos para o início da Copa do Mundo, Simão acredita que o Brasil cumprirá os prazos exigidos pela Fifa para receber a competição em 2014. "É muito pouco (tempo de preparação), mas, com um belo planejamento, dá pra fazer", ressalta.
Em contrapartida, há quem veja a necessidades de poucas sedes para a Copa do Mundo de 2014, como Ralph Lima Terra, vice-presidente executivo da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), que pede foco em 12 cidades.
"Eu, pessoalmente, acho que devemos concentrar nossos esforços em 12 cidades. O trabalho já é grande demais", atesta Terra.