Delegado isenta laboratório de culpa no caso da Rebeca Gusmão
30/11/2007 - 08:30 hs
Caso de dopping Rebeca Gusmão
- De acordo com o que foi explicado aqui hoje (quinta) de uma forma técnica, a gente pode isentar o laboratório da suspeita de fraude já que os frascos chegam ao laboratórios lacrados e com um código. Eles não sabem de quem são as amostras - diz o delegado.
CBA defende delegado O delegado questionou o presidente da CBDA sobre a não participação de Rebeca no Mundial de Melbourne, em março. A situação poderia ser um indício de que a atleta estava dopada e que a entidade estaria acobertando o caso.
- Pelo o que o presidente explicou, a confederação não interfere na decisão da atleta de participar de competições ou não. Isso caberia à nadadora e ao técnico dela – diz Cipriano.
Outra dúvida era por que o resultado do exame que a nadadora fez em 2006 e que deu positivo não foi divulgado.
- Coaracy me explicou que o resultado positivo de um doping só pode ser divulgado depois que for julgado e homologado pelo TAS (Tribunal Arbitral de Controle). Com isso, ele deixou claro para mim os motivos pelo qual isso não havia sido divulgado antes - diz o delegado.
Apesar de acreditar que a conferação não tem culpa, Cipriano acredita que tudo pode mudar após o depoimento da médica Renata Castro, que pediu afastamento depois que o caso de Rebeca foi revelado.
- Realmente eu acredito que a partir de segunda-feira vamos poder começar a chegar realmente ao ponto. Com certeza, nós temos muitos questionamentos para fazer a ela, já que ela era responsável pelo doping no Pan e por ter acompanhado alguns exames de Rebeca.
Marcos Cipriano afirmou que, após a fase de investigação técnica, começará a busca pelas pessoas diretamente envolvidas na fraude.
- Agora, vamos partir para as visões particulares de cada um. Até agora, os depoimentos foram para saber o que pode e o que não pode. Tecnicamente, a fraude já foi comprovada. O complicado agora será descobrir quem se beneficiou com isso e quem, possivelmente, manipulou essa urina.