Há dois anos na Rússia, Jô está ambientado às temperaturas amenas de Moscou. Defendendo o CSKA, o atacante conquistou os três principais títulos nacionais: a Copa, a Taça e o Campeonato Russo. Mas ainda não se acostumou com algumas brincadeiras de mau gosto daquele país. Quer dizer, o jogador é alvo constante de racismo, assim como a esposa Cláudia Santos que resolveu desabafar (foto)
- No mês passado, fomos lanchar no McDonalds. E, para nossa surpresa, levamos um banho de café. Um russo, que não gosta de negros, nos sujou de propósito. Fiquei revoltada, o Jô teve que me conter. Como se não bastasse nós passarmos na rua e os nativos fazerem o sinal da cruz. Agora, não temos sossego também para comer - revela a mulher de Jô.
Timão até na Russia Jogador mais novo a envergar a camisa do time profissional do Corinthians, aos 16 anos, Jô não se arrepende de ter se transferido para o futebol russo após a conquista do Campeonato Brasileiro de 2005. Acredita que desfruta da mesma visibilidade dos conterrâneos que atuam na Espanha e na Itália. E relembra que o seu companheiro de time, Vágner Love, vem sendo convocado pelo técnico Dunga para a seleção brasileira. O que mais lhe entristece é a situação que o Timão chegou no fim de 2007.
- Acompanhei os jogos da Rússia. Ao mesmo tempo em que fiquei muito triste, acho que faltou um melhor planejamento. Na época em que joguei no Corinthians, não tive muitas oportunidades. Creio que a torcida não depositava tanta fé em mim. Só que hoje esses mesmos torcedores pedem a minha volta - afirma.
Contagem regressiva Com viagem marcada para o dia 9 de janeiro, quando começa a pré-temporada do CSKA, Jô terá que passar o carnaval na Rússia. Apesar de ser fã de samba, o atacante, que no último domingo visitou a quadra da Mangueira, não pôde aceitar um convite do Salgueiro para desfilar como diretor.