Pelé (foto) afirmou, nesta última quarta-feira, que o meia-atacante Ronaldinho, do Barcelona, voltará a ser a "grande estrela" que sempre foi, no mesmo momento em que apoiava a escolha de Kaká como vencedor do prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa.
O Rei do Futebol participou hoje de um evento de lançamento de 1.283 medalhas de ouro, prata e bronze, respresentando os seus gols na carreira. O dinheiro da venda dos objetos será repassado para um hospital infantil do Brasil.
O Rei do Futebol disse que o momento de Ronaldinho é comum para qualquer atleta. "Todos os jogadores têm altos e baixos. Há momentos de maior baixa que acontecem depois de períodos de longo êxito. Após a Copa, o Ronaldinho não jogou muito bem, mas sempre vai ser um grande jogador e vai voltar a ser uma grande estrela", declarou.
Com relação à Kaká, ele acrescentou que o prêmio era merecido por ter sido o "melhor jogador dos últimos cinco anos". Pelé elogiou a carreira emergente de Messi e a capacidade individual de Cristiano Ronaldo, mas expressou sua preferência pelo meia do Milan.
"Kaka é um jogador quase perfeito. É um atleta que ajuda no meio, que joga para a equipe e que, além disso, marca muitos gols. Por isto acho que é justo que tenha recebido o prêmio", declarou Pelé.
Depois ele acrescentou que Kaká é "um grande jogador dentro e fora do campo". Ao ser questionado sobre o resultado do clássico do Campeonato Espanhol no próximo domingo, Pelé não quis optar por Barcelona ou Real Madrid. "Cada jogo tem sua história, é uma caixa de surpresas, é muito difícil", afirmou.
Além disso, o craque brasileiro comentou a situação da Inglaterra, que não se classificou para a próxima edição da Eurocopa, em 2008. Ele afirmou que o maior problema da seleção deste país é não ter uma boa base, assim como a Alemanha.
Pelé, que deixou claro que nunca quis ser técnico profissional, encerrou a entrevista falando da falta de "lealdade" dos jogadores no futebol moderno. "A Fifa tem que ter cuidado com esta situação e com o comportamento dos jogadores", declarou.
"Certamente os jogadores não são trabalhadores comuns como um médico. Porém, ao completarem 35 ou 40 anos os jogadores têm que deixar sua carreira, o que os leva a buscar dinheiro. Então temos que prestar atenção à lealdade. Eles assinam com o Arsenal ou com o Manchester United e dizem amo este clube e depois acertam com o Barcelona ou o Real Madrid e afirmam o mesmo", concluiu.