Três destinos para Gallardo mais a aposta maior é o Atlético (MG)
31/12/2007 - 10:55 hs
Jogadores argentinos sempre tiveram participação marcante na história do Atlético. Para o bem ou para o mal. O nome da vez é Marcelo Gallardo, armador que está fora dos planos do técnico Paul Le Guen no Paris Saint-Germain e no topo da lista alvinegra para o ano do centenário. Resta saber ao lado de quais compatriotas ele será lembrado pelos torcedores alvinegros: o grupo dos ídolos, do qual fazem parte o zagueiro Galván e o goleiro Ortiz; o das decepções, como o volante Mancuso, que foi apresentado, beijou o escudo, mas nem chegou a estrear com a camisa alvinegra; ou o daqueles que não passaram de sonho, no qual estão os armadores Verón e Ortega.
Há dois dias, o ex-jogador atleticano Valdo, que hoje intermedeia as negociações entre Atlético e Paris Saint-Germain, afirmou que havia 98% de chance de o argentino reforçar o Galo em 2008. Mas a notícia de que o Borussia Dortmund entrou na disputa pelo camisa 10 preocupou os dirigentes alvinegros. “Não dá para concorrer com os euros. Pode complicar, mas nossa proposta está de pé, vamos esperar”, disse o diretor de futebol Beto Arantes.
A princípio, o Paris Saint-Germain bateria o martelo a respeito da transferência sábado passado, mas pediu que o prazo fosse prorrogado até sexta-feira. O presidente Ziza Valadares (foto) não acredita que os franceses estejam fazendo leilão: “Estamos conversando com o pessoal que negocia a vinda do Gallardo há uns 15 dias e até cheguei a pensar que eles estavam fazendo leilão. Mas, depois da conversa que tive com o Valdo, não senti isso mais. Falta um acerto lá e estamos nessa expectativa”.
Gallardo, de 31 anos, tem contrato com a equipe francesa até o fim de 2009 e viria para o Galo por empréstimo, sem ônus. Ao alvinegro caberia apenas pagar os salários do argentino. Os melhores momentos da carreira do armador foram no River Plate e no Monaco. A passagem por Paris não deve deixar boas lembranças, pois o PSG luta, há duas temporadas, contra o rebaixamento.
Passado do Galo Se Gallardo realmente vier para o Atlético, a expectativa é de que ele reedite as boas atuações de outros dois argentinos: Ortiz – que marcou época com seus cabelos compridos e a bermuda – e o zagueiro Galván. O goleiro disputou 100 partidas pelo Galo e mostrou sua faceta de artilheiro, marcando sete gols, todos de pênalti. Sua despedida, contudo, foi marcada pelos três gols sofridos do uruguaio Revetria, do Cruzeiro, em 1977.
Galván chegou ao alvinegro mais de 20 anos depois e formou ótima dupla de zaga com Cláudio Caçapa, na campanha do vice-campeonato brasileiro de 1999. Disputou 58 jogos e marcou três gols.
Já Verón povoou os sonhos atleticanos no fim do ano passado, quando sua contratação foi tentada por Ziza Valadares. No começo de 2005, quem teve o nome cogitado foi Ortega, que estava sem clube. Há, ainda, aqueles que a torcida prefere esquecer, como o volante Mancuso, que foi apresentado na sede de Lourdes em 3 de agosto de 1998, chegou a treinar, mas deixou o clube 10 dias depois, para jogar no Badajoz, que estava na Segunda Divisão Espanhola. Ou os armadores Livio Prieto e Jonathan Fabbro, que tiveram passagem apagada e não deixaram saudades.