 Por uma ação de marketing, o atacante Adriano (foto) vai usar o número dez no São Paulo. Contudo, ele chega ao futebol brasileiro para resgatar os grandes centroavantes da história do time do Morumbi. Dois nomes que deixaram suas marcas com a camisa nove do Tricolor, Serginho Chulapa e Careca apostam no sucesso do Imperador.
“No São Paulo tudo é fácil, é um time que recupera jogadores, existe uma história em relação a isso. Não é um time que aposta em barca furada. O Adriano vai arrebentar”, avisa Serginho Chulapa, maior artilheiro da história do Tricolor, com 242 gols.
Herói da conquista são-paulina do título brasileiro de 1986, Careca tem um discurso semelhante. “Não vejo um lugar melhor para ele se recuperar. Agora, só depende dele. É um atleta que pode retornar à seleção. É jovem, forte, tem um potencial imenso”, analisa o ex-jogador, que marcou 112 gols em 188 jogos pelo atual bicampeão brasileiro (oitava melhor média da história do São Paulo).
Em novembro do ano passado, Adriano chegou ao São Paulo apenas para voltar à forma física ideal. O jogador passou por momentos difíceis na vida pessoal, sofrendo com depressão e o excesso de bebidas alcoólicas. A boa recuperação do atleta convenceu a Internazionale a manter o Imperador na capital paulista até julho de 2008 para a disputa, principalmente, da Libertadores da América. Todavia, ele terá que superar a desconfiança do público brasileiro, até porque, pouco antes da virada do ano, acabou vítima de uma nova polêmica: um acidente automobilístico na capital carioca.
Para Serginho Chulapa, Adriano tem um estilo parecido ao seu nos tempos de jogador. “Ele é grande, canhoto, fica difícil marcar um jogador assim. Tem tudo para arrebentar”, diz o ex-centroavante, que observa chance até de uma dupla de ataque com Aloísio. “Será um problema marcar dois jogadores desse porte. O Adriano ainda tem velocidade, além da força”, emendou.
Apesar de confiar em boas atuações de Adriano no São Paulo, Careca lembra, porém, que o goleiro Rogério Ceni vai continuar com participação fundamental na equipe. O camisa um foi considerado o principal jogador do futebol brasileiro em 2007.
“Claro que o Adriano vem com um nome forte, é uma referência mundial, mas o Rogério Ceni é uma bandeira para o São Paulo. Mesmo limitado ao gol, ele tem uma utilidade imensa para o time”, finaliza Careca.
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