A atleta americana Marion Jones (foto) solicitou à Justiça de seu país, por meio de seus advogados, não ser condeada à prisão. Segundo Jones, o castigo sofrido com a perda das medalhas ganhas nas Olimpíadas de Sydney-2000, e a vergonha de ter admitido publicamente se dopar, seria suficiente.
Pressionada por investigadores federais, Marion Jones confessou que havia mentido em seu depoimento, e confirmou que se dopou antes dos Jogos de Sydney, nos quais se tornou a primeira mulher a conquistar cinco medalhas em uma mesma edição das Olimpíadas.
A admissão da culpa, em outubro de 2007, custou a Jones a perda de suas medalhas e a anulação dos resultados obtidos de 2000 em diante. A atleta também foi processada por mentir aos investigadores e por fraude, e agora aguarda a sentença judicial.
Nos documentos oficiais, publicados no fim de 2007, os advogados da americana pedem clemência na sentença que será divulgada na próxima semana.
- Marion Jones deixou de ser uma heroína e passou a ser vista como uma vergonha nacional. O desdém de um país que a adorava e sua queda em desgraça foram castigos severos. Ela perdeu suas medalhas e seus resultados, além de sua saúde e seus status perante à opinião pública dos Estados Unidos - diz um trecho do discurso dos advogados de Jones nos autos do processo.
Além do pedido de clemência, Marion Jones conta com cartas de seu atual companheiro, o velocista Obadele Thompson, de Bahamas, e de vários amigos da atleta, nas quais são destacadas as suas ações em favor de um programa para melhorar a saúde infantil em Gana e do desenvolvimento das instalações esportivas em Belize. Todos os autores das cartas ainda citam a dedicação de Marion Jones a seus dois filhos, e garantem que sua presença seria fundamental para o bem-estar das crianças.