Roberto Carlos admite ligar para Dunga para voltar a Seleção Brasileira
10/01/2008 - 08:47 hs
Embalado pela boa campanha do Fenerbahçe da Liga dos Campeões (o time está nas oitavas-de-final), o lateral-esquerdo Roberto Carlos (foto) admite entrar em contato com o técnico da seleção brasileira, Dunga, para conversar sobre uma possível volta ao grupo, mesmo que seja como um simples reserva.
“Estou vivendo o melhor momento da minha carreira. Quando eu achar o momento adequado, eu ligo para uma conversa, sem pressão, para saber quais são os planos dele para mim. Acho que isso tem que partir do jogador”, afirma o lateral, por telefone, à Revista Invicto.
Aos 34 anos e com 132 jogos pela seleção principal (segundo a CBF), o jogador admite que gostaria de mudar a última imagem deixada com a camisa Amarelinha. Roberto Carlos foi apontado como o responsável pela marcação de Henry no gol que eliminou o Brasil da Copa de 2006, no famoso episódio das meias.
“Uma imagem que não era verdadeira. Inventaram uma história que não existe. Fiquei muito mal porque não era minha responsabilidade. A minha imagem é correta dentro da seleção. São 132 jogos com apenas 16 derrotas (17, segundo a CBF). Acho injusta essa imagem que criaram, uma falta de respeito, mas eu quero voltar porque me sinto bem para voltar e nem precisa voltar para ser titular. Vou trabalhar para vencer. Voltaria com a cabeça erguida e feliz”, afirma o jogador.
Famoso pelo grande preparo físico, Roberto Carlos fala até em disputar a Copa de 2010. Ele terá 37 anos na época do Mundial, um ano a mais do que Cafu na disputa do Mundial da Alemanha.
“Eu acho que tenho condições de jogar sim. Do jeito que estou, bem fisicamente. O físico é o mais importante”, afirma.
Se for novamente chamado para a seleção, Roberto Carlos pode até quebrar o recorde de Cafu, que tem 150 partidas com a Amarelinha.
“Quebrar o recorde é difícil e não podemos pensar em fazer história na seleção, mas em fazer história com a seleção. O time tem muita qualidade e pode conquistar Copa América, Copa do Mundo”, analisa.
Em relação aos laterais que estiveram nas últimas convocações (Gilberto e Kléber), o lateral é só elogios, mas lembra da dificuldade de jogar pela seleção.
“São bons jogadores. Aos poucos vão pegar a experiência de jogar pela seleção, que não é fácil. Nós tínhamos um grupo que estava acostumado a jogar junto. Por isso as pessoas pedem a nossa volta”, afirma.