Com o acesso do Uberaba, o Triângulo Mineiro terá dois representantes na Primeira Divisão mineira deste ano – o outro é Ituiutaba. Ambos jogam em estádios que cumprem as exigências das autoridades, tanto que apresentaram à Federação Mineira de Futebol (FMF) todos os laudos solicitados por lei.
A realidade, porém, é um pouco mais dura. Se têm condições legais, tanto o Uberabão (foto) quanto a Fazendinha deixam a desejar. Afinal, são antigos e não tiveram a conservação adequada.
Na casa do Zebu, a atual administração pediu laudo até à Secretaria Municipal de Infra-Estrutura. O local tem boas vias de acesso, vagas de estacionamento próximas e oferece boa visão para o público. Porém, os torcedores sofrem no concreto puro, pois não há cadeira em nenhum setor do estádio, inaugurado em 1972 e até hoje inacabado – falta concluir parte da arquibancada, fechando o anel.
Os vestiários são de bom tamanho, mas precisam de reformas, além de melhores equipamentos. Os administradores prometem isso para breve. Uma curiosidade do Uberabão é o fosso, que tem uma lâmina de água, cheia de peixes, que fazem a alegria dos torcedores antes, no intervalo e depois das partidas. Já a iluminação foi toda revisada, garantindo totais condições para jogos noturnos.
PRESSÃO
Luz é justamente o que falta ao outro estádio da região, a Fazendinha. Mas esse não é o único problema do local onde o Ituiutaba manda seus jogos. As instalações são acanhadas, a pequena arquibancada não comporta mais que 4 mil espectadores – em jogos mais importantes, o Boa, que está na Copa do Brasil, pretende instalar arquibancadas metálicas, desde que devidamente aprovadas pelas autoridades –, e o alambrado fica rente ao campo, permitindo aos torcedores pressionar os adversários – o que seria impensável pelos padrões da Fifa, principalmente em se tratando de pessoas em pé.
Para melhorar as condições, as arquibancadas provisórias serão acompanhadas de banheiros químicos. E para matar a sede ou a fome, só mesmo em barracas.
Para os atletas, os vestiários poderiam ser maiores, principalmente o dos visitantes, mas não chegam a comprometer. O mesmo não ocorre com os bancos de reservas, que ficam abaixo do nível do gramado, dificultando a visão de quem ali se posiciona, como os treinadores.
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