Com acusação, mãe quer preservar Joanna e técnicos
14/02/2008 - 07:55 hs
A mãe da nadadora Joanna Maranhão, Teresinha Maranhão, disse nesta quarta-feira, em entrevista à ESPN Brasil, que decidiu divulgar nome do suposto agressor de sua filha na infância para preservar Joanna e outros técnicos.
A nadadora alega ter sofrido abuso sexual quando tinha nove anos. Ela disse que não iria dar nome ao suposto agressor, mas a mãe acabou com o mistério ao acusar o professor de educação física Eugênio Miranda de ter cometido o crime. Em entrevista ao Jornal do Commercio, o treinador se negou a comentar a acusação.
"Ela ficou meio aborrecida comigo, mas eu fiz isso para tirar o foco dela, para deixarem ela treinar em paz. Ela está tão focada nos treinos, largou até a faculdade para tentar o índice olímpico. Essas coisas iam terminar atrapalhando a vida dela", afirmou Teresinha, referindo-se à tentativa da atleta de se classificar para os Jogos de Pequim.
A mãe da atleta ainda ressaltou que, com a divulgação, pretende acabar com as suspeitas em relação a outros técnicos que a nadadora já teve durante a sua carreira.
"Acho injusto. A partir do momento que você levanta uma lebre, ela cai na mão de muita gente. Apesar de que todo mundo nos bastidores sabia, mas alguém tinha que verbalizar. Essa pessoa fui eu e foi o Eugênio Miranda", explicou.
Teresinha ainda disse que não gostou de alguns comentários de que houve negligência da mãe no caso e que Joanna Maranhão estava se aproveitando da situação para aparecer.
"A minha mudança de postura aconteceu quando eu comecei a ouvir alguns comentários irresponsáveis sobre a declarações de Joanna. Durante anos eu cuidei disse, eu tentei que isso não se tornasse público e trabalhar isso da melhor forma possível .Fui com ela para psicólogo, psiquiatras...", disse.
Teresinha ainda contou que o suposto abuso sexual prejudicou a carreira de Joanna por muito tempo. "Ela está com a cabeça muito boa. Ela foi a psiquiatras, psicólogos, terapia, toma antidepressivo até hoje. Emocionalmente ela está estável, mas não teve. E uma das causas era isso", explicou.
