Atos terroristas vetaram Dakar de 2008, diz diretor
15/02/2008 - 07:56 hs
Diretor do Rally Dakar desde 2004, Etienne Lavigne afirmou nesta última quinta-feira que não foram "ameaças", mas "atos" terroristas que obrigaram os organizadores da prova a cancelar a edição de 2008 do rali, na África. As informações são da Agência Ansa.
"Soubemos no dia anterior que não se podia largar. Fizemos tudo para evitar o cancelamento, mas os riscos políticos de um ataque aos participantes eram muito grandes", declarou Lavigne.
"Já não eram ameaças. Os terroristas haviam matado sete pessoas uma semana antes da corrida. Isso não é um risco, é um fato", completou o diretor da prova ao jornal El Mercúrio.
Segundo Lavigne, é difícil indicar se a competição poderá voltar a ser realizada na África em um curto prazo. "É coisa de revisar: começamos passando por quase todos os países e depois tivemos que evitar Líbia, Níger e Mali", disse.
"Com os anos ficamos com três países, e agora também não se pode na Mauritânia. A tendência é de vá tudo nessa direção, assim é complicado", explicou o diretor do evento esportivo.
Lavigne afirmou também que, antes de levar o Dakar para a América do Sul, recebeu convites de diversos outros países. "Nos chamaram da África do Sul, Angola, Egito e Casaquistão. Todas foram possibilidades. China? Não, isso jamais ocorreu", disse.
O dirigente sustentou que "o Dakar tem valores de dificuldade, coragem, ajuda entre os pilotos, mistura de amadores e profissionais. Essa é sua verdadeira alma, e tudo isso vamos transferir para a América do Sul".
