 Se a maioria dos treinadores prefere a fórmula do “time que está ganhando não se mexe”, o sucesso de Adílson Batista no Cruzeiro vai na contramão e se deve às mudanças constantes. Em seis jogos até aqui, ele mandou a campo seis formações diferentes. Será assim de novo, nesta quinta-feira, contra o San Lorenzo (foto).
vão além da saída de Thiago Heleno, com uma torção no joelho esquerdo.
Como precisará de velocidade para surpreender o San Lorenzo nos contra-ataques, a novidade pode ser a entrada de Leandro Domingues, estratégia usada nos jogos fora contra o Cerro Porteño, em Assunção, e o Guarani, em Divinópolis.
Com Domingues no ataque, ao lado de Moreno, o time ficaria mais ágil e ganharia poder de marcação na recomposição, características que Adílson julga imprescindíveis para o sucesso do Cruzeiro no estádio Nuevo Gasómetro. “O adversário pode criar dificuldades durante o jogo e a gente tem que neutralizar isso, explorar o que a gente acha que é importante, dar liberdade para alguns jogadores, e muito daquilo que a gente tem feito a gente quer que execute com velocidade, rapidez, sem a bola com a recomposição, ter personalidade para jogar, isso é que a gente quer”.
Na zaga, Espinoza formaria a dupla com Thiago Martinelli. A formação provável do Cruzeiro é Fábio; Marquinhos Paraná, Thiago Martinelli, Giovanny Espinoza e Jadílson; Fabrício, Charles, Ramires e Wagner; Leandro Domingues e Marcelo Moreno.
Com exceção da troca de Thiago Heleno por Espinoza, essa foi a formação que derrotou o Cerro Porteño por 3 a 2 em Assunção.
Cada jogo uma história
A alegação de Adílson para mudar peças e até o esquema de um jogo para o outro se deve à forma de atuar dos adversários. Contra o Guarani, por exemplo, ele montou o time no 3-5-2, ainda que o 4-4-2 seja sua configuração tática preferida.
“Eu não gosto de atuar nesse esquema, mas foi uma necessidade. Acho que com três zagueiros o time não rende, mas o importante é que conseguimos o objetivo traçado, que era vencer”, frisou.
Onde Adílson parece pouco propenso a mudar é no meio-campo. Em todas as vezes que ele usou a formação principal, o setor teve Fabrício, Charles, Ramires e Wagner como componentes.
O quarteto será desfeito só na semana que vem, quando Fabrício será operado para retirada de uma hérnia inguinal. “É um jogador que está atuando com dor, aquece com 50, 60 minutos, a gente já tinha programado isso, é um jogador que a gente lamenta, pela fase, o momento que vive, mas a gente tem que pensar no aspecto clínico e na saúde do atleta também”.
Os seis times diferentes do Cruzeiro em 2008:
Cruzeiro 4 x 0 Uberaba
Fábio; Marquinhos Paraná, Léo Fortunato, Thiago Heleno e Jadílson; Fabrício (Luís Alberto), Charles (Apodi), Ramires e Wagner; Guilherme (Marcinho) e Marcelo Moreno
Cruzeiro 3 x 1 Cerro Porteño
Fábio; Marquinhos Paraná, Thiago Martinelli, Thiago Heleno e Jadílson; Fabrício, Charles, Ramires e Wagner (Fernandinho); Guilherme (Kerlon) (Marcinho) e Marcelo Moreno.
Cerro Porteño 2 x 3 Cruzeiro
Fábio; Marquinhos Paraná, Thiago Martinelli, Thiago Heleno e Jadílson; Fabrício, Charles (Luis Alberto), Ramires e Wagner; Marcelo Moreno e Leandro Domingues (Fernandinho).
Cruzeiro 3 x 0 Democrata-SL (misto)
Fábio; Apodi, Léo Fortunato, Espinoza (Thiago Martinelli) e Fernandinho; Charles, Marquinhos Paraná, Leandro Domingues (Ramires) e Marcinho; Guilherme e Marcel (Márcio Gomes).
Cruzeiro 3 x 0 Real Potosí
Fábio; Marquinhos Paraná (Apodi), Thiago Heleno, Espinoza e Jadilson (Fernandinho); Fabrício, Ramires, Charles e Wagner (Marcinho); Guilherme e Marcelo Moreno.
Guarani 2 x 3 Cruzeiro (misto)
Fábio; Léo Fortunato, Thiago Martinelli e Thiago Heleno; Apodí, Ramires, Fernandinho, Marcinho e Jadílson; Leandro Domingues (Charles) e Marcel (Marcelo Moreno).
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