Os organizadores da Stock Car se mostraram surpresos com as declarações do piloto Renato Russo, publicadas nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde nesta última quarta-feira. As acusações sobre o uso de uísque e drogas na Stock Car Light causou estranhamento a alguns dirigentes e pilotos.
Para Carlos Col, diretor-presidente da Vicar, realizadora da categoria, e primeiro campeão da Light, em 1993, trata-se de uma declaração muito grave. "É imprudente falar uma coisa dessas sem apresentar fatos concretos. Não existe qualquer indício de que isso tenha ocorrido. O antidoping faz parte do nosso regulamento neste ano, seguindo a mesma linha da FIA", explicou.
Dino Altmann, médico oficial da Fórmula 1 no Brasil e da Stock Car, destaca que a implantação do teste este ano não é baseada em qualquer suspeita. "Nossa intenção é mostrar que a competição é honesta. Nunca houve qualquer dúvida", afirmou.
Primeiro campeão da Stock Car, o experiente Paulo Gomes também estranhou a entrevista de Russo. "Nunca tive conhecimento de um fato desses. Tenho dois filhos correndo na Stock Car e se imaginasse que existe a possibilidade de isso acontecer jamais os deixaria correr. É complicado em um esporte de risco usar drogas; seria suicídio!", ressaltou.
Membro da Comissão de Pilotos, Luciano Burti também declarou que o uso de drogas e bebidas antes das corridas "não existe". Vencedor da Stock Light em 2007, o paulista Norberto Gresse Filho afirmou ter tomado um susto com as afirmações de Russo. "Não acreditei quando vi. Durante minha passagem pela Light eu nunca presenciei nada parecido com isso