 O mundo do boxe teve de esperar nove anos para ver uma unificação de título de duas das quatro principais entidades da modalidade. Porém a vitória do ucraniano Wladimir Klitschko sobre o russo Sultan Ibragimov, na madrugada deste último domingo, em Nova York (EUA), transformou-se em uma grande decepção.
Em 12 assaltos, o combate não registrou uma queda, situação frustrante para a categoria que reúne os pugilistas com mais potência, e a vitória de Klitschko foi dada de forma unânime pelos jurados, que apontaram o triunfo do ucraniano por 117 a 110, 118 a 110, e 119 a 110.
Desta forma, o ucraniano celebrou a 50ª vitória da carreira, sendo 44 por nocaute, e defendeu com sucesso o cinturão da Federação Internacional de Boxe (FIB) pela quarta vez, além de tomar o título da Organização Mundial de Boxe (OMB) do rival. O russo sofreu sua primeira derrota em 23 combates como profissional.
O triunfo foi obtido com certa facilidade por Klitschko, que dominou a luta desde o início, mesmo limitando-se apenas a dar jabs nos cinco primeiros assaltos. Uma combinação de golpes só viria de maneira mais aguda no nono round, quando Ibragimov só não caiu, pois se apoiou nas cordas.
Sem iniciativa, o russo ainda voltou a balançar no 11º assalto, porém acabou salvo pelo gongo. Ibragimov não tentou mudar o cenário no último round e o combate terminou com vaias de parte da torcida, que foi ao Madison Square Garden, em Nova York.
O próprio vencedor refutou as vaias e justificou a tática. "Sei que o público pode não ter gostado, mas não podia correr riscos. Tinha um cinturão para conquistar e consegui este objetivo", declarou Klitschko, enquanto recebia novas vaias da torcida.
O combate foi a primeira unificação de títulos dos pesos pesados desde 1999, quando o inglês Lennox Lewis, que assistiu ao combate desta madrugada como comentarista de uma emissora de televisão, derrotou o norte-americano Evander Holyfield, este, aliás, o último a ser derrotado por Ibragimov.
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