Economistas descartam recessão após Olimpíada de Pequim
04/03/2008 - 08:02 hs
Olímpiadas de Pequim
A China, de grande tamanho econômico e muitas perspectivas de investimento, não enfrentará uma recessão depois dos Jogos Olímpicos em agosto, disseram economistas que assistirão às sessões plenárias anuais do principal órgão legislativo e do órgão consultivo político mais importante do país.
"Durante a viagem que acabei de concluir à Europa me perguntavam frequentemente se a China poderia enfrentar uma recessão pela queda nos investimentos depois dos jogos e minha resposta sempre foi 'não'", disse Justin Yifu Lin, um representante da 11ª Assembléia Popular Nacional (APN), principal órgão legislativo do país.
Isso se deve, principalmente, ao volume da economia chinesa que é muito maior do que o de algumas sedes olímpicas que experimentaram uma recessão depois da Olimpíada, disse Lin, que também é o novo economista-chefe e vice-presidente superior do Banco Mundial.
Haverá abundância de perspectivas de investimento nas áreas de modernização de infra-estrutura e de indústria, enquanto o crescimento do consumo e o investimento externo permanecerá em um nível elevado, disse Lin.
Além disso, a China organizará a Expo Mundial e os Jogos Asiáticos em 2010, e outros eventos internacionais importantes depois dos Jogos Olímpicos, acrescentou o economista.
O professor Li Yining, um famoso economista e consultor político, disse que algumas sedes olímpicas enfretaram recessão depois dos jogos porque o investimento caiu, muita gente que trabalhou para os jogos teve que procurar empregos novos e a influência dos jogos, sem o apoio de certas indústrias, dasapareceu.
No entanto, esses problemas não se apresentarão na China porque está no processo de industrialização, disse Li, membro do Comitê Nacional da 11ª Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC).
A APN e a CCPPC iniciarão suas sessões plenárias anuais em 5 e 3 de março, respectivamente.