“Irreconhecível”, Santos vence o Chivas e é líder do grupo 6 da Libertadores
05/03/2008 - 08:12 hs
Libertadores da América
O Santos esteve irreconhecível nesta última terça-feira (foto). Com disposição, contundência ofensiva e tranqüilidade poucas vezes (ou nenhuma) demonstradas em 2008, o time dirigido por Emerson Leão venceu o Chivas Guadalaja por 1 a 0 na Vila Belmiro, gol do colombiano Molina, e alcançou a liderança do grupo 6 da Copa Libertadores da América.
Agora, o Chivas é o segundo colocado com 3 pontos, um atrás do Santos. Na próxima terça-feira, o time mexicano voltará a jogar em casa contra o Cúcuta, da Colômbia. Os brasileiros, que enfrentarão o Noroeste pelo Campeonato Paulista neste domingo, só visitarão o boliviano San José, lanterna da chave, na quarta-feira do dia 19.
O jogo – Leão retrocedeu e escalou a base da equipe que havia criticado na derrota para o Sertãozinho, mais uma vez com três atacantes. Desta vez, no entanto, o suor dos santistas era como a “lágrima do coração” nos minutos iniciais da partida com o Chivas, conforme o técnico metaforizara em pedido aos possíveis novos titulares.
Nas arquibancadas, a torcida também estava inflamada – agora, para apoiar o time. A combinação de confiança com empenho resultou em um Santos firme na marcação e ágil no ataque. Logo aos três minutos, um gol do zagueiro Domingos foi anulado por impedimento e, aos oito, Trípodi só não marcou outro porque chegou atrasado em chute cruzado de Kléber Pereira.
No momento em que o Santos já diminuía o ritmo e Leão começava a gritar com mais irritação à beira do gramado, o time brasileiro conseguiu abrir o placar. Fazendo lembrar sua atuação brilhante contra o Ituano, o colombiano Molina carregou a bola da direita para o meio aos 22 minutos e chutou com força, surpreendendo o goleiro Luis Michel: 1 a 0.
O gol enervou o Chivas, que não fazia jus ao status de líder, invicto há oito rodadas, do torneio Clausura do Campeonato Mexicano. Gonzalo Pineda recebeu cartão camarelo por cometer falta dura em Wesley, que foi pisado por Édgar Solís em seguida. Satisfeito com o resultado parcial, por sua vez, o Santos administrou a partida até o final do primeiro tempo.
Na etapa complementar, o Chivas finalmente fez o goleiro Fábio Costa trabalhar, em uma finalização venenosa de Jonny Magallón da entrada da área. Mas o Santos respondeu em seguida. Aos sete minutos, Molina puxou contra-ataque para o time da casa e passou para Kléber Pereira, que deixou Trípodi livre para ampliar o placar. O argentino isolou a bola.
Foi uma das últimas chances de Trípodi na partida. Já impaciente com o rendimento do atacante (assim como boa parte da torcida), Leão o trocou pelo jovem Tiago Luís, que entrou em campo aplaudido e com bastante disposição. No Chivas, a aposta do técnico Efraín Flores para incomodar a defesa santista foi em Nava, substituto de Pineda.
A equipe mexicana, no entanto, não conseguiu envolver o Santos após as alterações. A estratégia dos brasileiros era trocar passes e esfriar o jogo, tanto que Leão colocou Quiñonez e Anderson Salles nos lugares de Wesley e Molina. Deu resultado. Com calma, bem diferente do último jogo, o Peixe assegurou seu primeiro triunfo na Libertadores 2008.