Sem treinos com bola, o futebol ficou em segundo plano na Toca da Raposa II nesta sexta-feira, na reapresentação do Cruzeiro após o empate por 1 a 1 com o Ituiutaba. O foco do dia foi a repercussão da polêmica declaração do meia Marcinho sobre a falta de empenho e os erros de finalização dos atletas mais jovens no Triângulo. Adílson (foto) reuniu Marcinho e Guilherme, o suposto alvo das críticas, pôs fim ao disse-me-disse e destacou que reclamações são comuns no esporte, ainda mais quando se quer vencer.
“Já foi tudo resolvido. São situações que acontecem no futebol, nós lá atrás (época de zagueiro) cobramos do pessoal da frente, o pessoal da frente cobra quando a gente falha. O Marcinho também erra gols, o Guilherme erra, o Joabe, o Marcel, o Marcelo Moreno, nós falhamos, isso faz parte do futebol. A cobrança saudável, eu também vejo no aspecto positivo. Já foi resolvido, e não será a última (vez). Eu sinto que o que eles querem é vencer, queriam vencer e por isso teve essa cobrança. Já está tudo resolvido”, insistiu.
Adílson evitou comparar o episódio de hoje com o bate-boca via imprensa entre Guilherme e Roni na temporada passada. Sob o seu comando, ele quer ver todos contribuindo para o bem do Cruzeiro, ainda que seja com orientações como as feitas por Marcinho.
“O atleta está no jogo, ele quer vencer, ele tem a sua opinião e a gente respeita isso, ninguém está proibindo ninguém de se manifestar. O importante é a gente pensar no grupo”, analisou.
Se no ano passado Guilherme reagiu com agressividade às colocações de Roni, que lhe sugeriu mais movimentação, durante entrevista em um programa de televisão, desta vez ele mostrou compreensão.
“Não tem semelhança nenhuma (entre os casos). O que aconteceu com o Roni já era, acho que o Marcinho, eu não tenho dúvidas, foi o primeiro jogador, o que mais me apoiou quando eu aqui cheguei. E, por isso, eu não tenho dúvida nenhuma que ele é um bom caráter e um bom profissional. Ele tem liberdade, porque é um jogador já experiente, vivido, e ele tem que procurar fazer as colocações dele, e a gente procurar acatar”, afirmou o atacante.
Para Guilherme, a liberdade de expressão deve ser total quando o Cruzeiro é colocado em primeiro lugar. “(O Marcinho) era um jogador que queria vencer o jogo, assim como todos nós, e acho que isso tem que ser feito mesmo, a gente tem que entrar em campo para vencer. Infelizmente pela situação do campo, e outras situações, a gente não conseguiu”, concluiu.
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