No primeiro dia de férias, uma notícia com a qual Romário não contava: o Flamengo desistiu de promover seu jogo de despedida e nem mesmo vai convidá-lo tão cedo para algum projeto. Prevaleceu a vontade do presidente Márcio Braga, que nunca foi simpático à idéia de repatriar o jogador por um jogo que fosse.
Na última segunda-feira, primeiro dia de férias, Romário viajou para Curaçao, no Caribe, com a família e um grupo de amigos. A viagem vai durar dez dias e, na volta, o atacante ficará à espera de um convite de algum clube para fazer um ou dois jogos de despedida.
Não será a camisa do Flamengo a que ele vai vestir. Após uma conversa com o presidente Márcio Braga, o vice de futebol Kléber Leite, idealizador da idéia, acabou sendo convencido de que não era um bom momento para pensar em festa de despedida para o craque.
"Entendemos que o momento não é oportuno para qualquer tipo de marola. Temos o Estadual e a Libertadores. Está tudo muito trepado. Não podemos perder o foco", disse o dirigente, sem descartar a possibilidade de fazer uma festa para Romário em um futuro bem mais distante.
Plínio Serpa Pinto, colaborador do futebol do Flamengo, foi o encarregado de dar a triste notícia a Romário, por telefone. No Aeroporto, o jogador só soltou uma frase: "Não vou falar".