Mais um capítulo negro da história do futebol foi escrito na tarde da última terça-feira. Em Monte Aprazível, a 475km de São Paulo, Marcos Dias, dono e treinador de uma escolhinha de futebol, foi morto depois de receber 14 tiros, disparados por dois homens.
A tragédia aconteceu quando Marcos, de 44 anos, saia por um dos portões do Estádio Municipal da cidade, por volta das 18h50, após o termino do treino com garotos entre 9 a 14 anos. Todos os alunos - cerca de 30 - viram o assassinato, inclusive o filho do treinador, de 11 anos.
Dois homens desceram de um carro e obrigaram Dias a entrar no automóvel. Com a recusa do treinador, os assassinos o levaram para um lugar próximo, onde dispararam os tiros. Cinco acertaram o rosto do treinador e outros cinco suas partes genitais. Os disparos foram ouvidos por diversos moradores da rua.
“Eu vi alguns homens rondando o local. Achei que eles estavam perdidos. Depois de algum tempo, eles sumiram. Foi aí que eu escutei os tiros. Uma vizinha minha disse quer eram fogos de artifício, mas eu tinha certeza que alguém estava sendo morto”, afirmou uma senhora, que deve servir de testemunha para a investigação da Polícia Civil, que suspeita de acerto de contas.
Marcos, que estava há um ano e meio como treinador e, neste período, revelou alguns jogadores para as categorias de base de times grandes de São Paulo, foi policial durante sete anos e tinha passagem pela polícia por estelionato e roubo de carga. Há suspeitas de que o carro em que estavam os assassinos, um Gol Prata, era de São Paulo, e que eles foram para Monte Aprazível especialmente para realizar o homicídio, considerado pela Polícia como passional |