Está encaminhada a primeira mudança no Grêmio depois da eliminação na Copa do Brasil. Em contato com a Rádio Gaúcha, o diretor de futebol Paulo Pelaipe (foto) informou que efetivamente está deixando o clube, o que afasta Celso Roth ainda mais do Olímpico. O dirigente alega questões pessoais. Diz que está sofrendo intimidações. O mesmo acontece com familiares dele. Nesta última quinta-feira, a página de um dos filhos de Pelaipe no Orkut, principal site de relacionamentos da Internet, recebeu centenas de mensagens de torcedores. Muitas delas tinham tom de ameaça.
Durante todo o dia, Pelaipe declarou que aguardaria um contato do presidente Paulo Odone e garantiu que caberia a seu superior a definição. Mas mudou de opinião no fim da tarde. Ele diz que enviará ao presidente uma carta de demissão. Pela amizade entre os dois, ainda existe uma possibilidade de reviravolta. Se Odone tentar convencê-lo a permanecer no cargo, pode acontecer.
Nesta madrugada, por volta de 2h, em conversa informal com a imprensa presente no Olímpico, Pelaipe antecipara que deixaria o cargo. Ele apertou a mão de cada jornalista e, em tom de despedida, pediu desculpas por "qualquer coisa".
Paulo Pelaipe entrou no futebol profissional do Grêmio no início de 2005, ao lado de Renato Moreira e do gerente de futebol Mário Sérgio. Poucos meses depois, era o chefe do setor. Ele comandou o futebol do Grêmio nos títulos da Segundona daquele ano e nos Gauchões de 2006 e 2007. Também foi vice-campeão da Libertadores.
Na quarta, depois do jogo contra o Atlético, o Olímpico em peso, com mais de 20 mil vozes, cantou gritos de ofensa ao dirigente. André Krieger, vice-presidente de futebol em 1999, é o mais cotado para substituí-lo. O dirigente conquistou o Gauchão na época. O técnico, curiosamente, era Celso Roth