Melhor jogadora de futebol do mundo, Marta visitou nesta quinta-feira o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo, onde meninas de diversas idades praticam esportes, dentre eles o futebol.
Logo após conceder uma breve coletiva, a jogadora foi homenageada com um buquê de flores, entregue pelas atletas do local. Entre elas, estava a meia-direita Kátia Aparecida Jesus, visivelmente um dos pupilos do treinador Alfredo Weiss.
Alguns minutos depois, a jogadora já era somente mais uma na multidão de garotas que buscavam um espaço ao lado de Marta nas fotografias. Entretanto, mesmo estando diante da principal referência no esporte, Kátia sentiu-se frustrada, já que Marta tinha viagem marcada e não pôde dar atenção suficiente às meninas.
"Ficamos frustradas de não termos contato direto, para ela nos dar um incentivo a mais", disse. Depois, com um sorriso no rosto, ela não escondeu que se espelha nas principais jogadoras da Seleção Brasileira e confessou que tenta imitar os dribles da meia.
"Os meninos gritam 'Felipe' (goleiro do Corinthians) quando fazem uma defesa. Quando driblo alguém, falo que dei um drible igual ao dela", comentou a corintiana, que preferiria atuar no Brasil caso o futebol feminino fosse valorizado por aqui, mesmo se recebesse propostas semelhantes às européias.
"Prefiro jogar no Brasil, de onde saem os melhores jogadores, e ser reconhecida na minha terra natal", acrescentou Kátia, que já passou por Matonense e Taboão da Serra antes de passar pela peneira do COTP.
Sem tantas oportunidades de assistir ao futebol da melhor jogadora do mundo, Kátia afirmou que fez questão de acordar cedo no último sábado para ver a vitória brasileira sobre Gana, por 5 a 1, a qual garantiu a vaga olímpica em Pequim.
"Dormi bem na sexta-feira para poder comentar sobre o jogo, depois, no treino. Para chegar e dizer que vai marcar um gol de cabeça, como a Cristiane", vislumbrou, ao emendar que as jogadoras recebem total apoio do técnico para tentar fazer o que as atletas profissionais fazem.
No momento em que Marta, apressada, já tentava se despedir do local, foi chamada uma camisa 10 para a gravação de uma reportagem. "Quem é a 10? Chamem a 10", alguém gritou. Weiss, um dos treinadores do Centro Olímpico, citou Kátia.
Ao ser buscada, verificaram que ela vestia no momento o uniforme 7. Mesmo cabisbaixa por ter sido deixada de lado tão somente em função da inscrição, ela ajudou a encontrarem outra jogadora que carregava nas costas a marca mais prestigiada do futebol.
