COI dá prazo para Iraque rever posição e ir a Pequim
28/05/2008 - 07:58 hs
Depois do impasse envolvendo o futebol, a crise esportiva iraquiana chegou às modalidades olímpicas e, nesta terça-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) deu prazo até quinta para que o país reveja sua posição política para não ficar de fora da disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim.
A sanção ao Iraque poderá ser aplicada, caso o governo não volte atrás em sua intervenção nas Federações Olímpicas do país. A intervenção incluiu também o Comitê Olímpico nacional.
A ameação de exclusão foi confirmada pelo porta-voz do comitê iraquiano, Munis Adbullah Al-Lami. Mas segundo o porta-voz do Comitê Olímpico interino instalado pelo governo, Jazair al-Sahlani, a decisão atual "é firme e não será reconsiderada".
O ultimato da Fifa é semelhante. De acordo com a entidade máxima do futebol, o Iraque será impedido de participar dos jogos qualificatórios para a Copa do Mundo de 2010, a menos que a Federação de Futebol do Iraque seja reconstituída como antes da intervenção.
Para o presidente do Comitê Olímpico destituído, Bashar Mustafa, o povo e os atletas serão os maiores castigados pela punição. "Privar nossas equipes da Olimpíada e dos Campeonatos Mundiais terá um efeito negativo no povo iraquiano, que espera pacientemente por cada evento para esquecer seu sofrimento".
Em um dos raros momentos de integração nacional, sunitas, xiitas e curdos comemoraram juntos em julho do ano passado, quando o Iraque conquistou o título da Copa da Ásia. A comemoração teve um pequeno ato bélico, com tiros para o alto, mas que não gerou violência entre as várias etnias.
"O esporte é a única maneira que restou aos iraquianos para comunicarem uns com os outros", resumiu a empresária Jalal Mahdi, em entrevista à agência Associated Press.