Com apenas dois Grandes Prêmios terminados em seis disputados e ainda sem pontuar na temporada, o brasileiro Nelsinho Piquet vive seus dias de turbulência na Renault. Descontente com o rendimento do brasileiro, chefe de engenharia da equipe francesa, Pat Symonds, quer ver mais empenho dentro das pistas no restante da temporada.
"Está sendo muito difícil para ele, mas ele ainda fará boas corridas. Nelsinho precisa acreditar mais em si mesmo", avaliou o dirigente, que junto com outros dirigentes da escuderia definiram que o brasileiro fará um período de três dias de testes em Barcelona antes da próxima etapa, dia 8 de junho, no Canadá.
Uma situação já vista pela Renault em 2007, quando o estreante Heikki Kovalainen vinha sofrendo críticas da imprensa e terminou em quarto lugar no Grande Prêmio de Montreal. "Um monte de gente no ano passado disse que seria a última corrida de Kovalainen (no Canadá), mas acabou sendo um final de semana fantástico e todos esqueceram o seu início pouco convincente", apontou.
"Na Fórmula 1, tudo é uma questão de auto-estima, acreditar em si mesmo. Nelsinho precisa fazer isso, precisa acreditar mais em si e ter a esperança de que acontecerá de novo com ele. Só assim para Nelsinho reencontrar a sua felicidade", completou Symonds.
Enquanto os diretores de staff da Renault, que acompanham o trabalho nos boxes cotidianamente, defendem um pouco mais de paciência com o brasileiro, a alta cúpula francesa trabalha nos bastidores com possíveis substitutos para a vaga de Nelsinho. Segundo o site Autosport, Anthony Davidson, piloto da falida Super Aguri, é favorito para assumir o segundo lugar do time.
Em rápido contato com a imprensa, Nelsinho ressaltou que "não está surpreso em ter de provar seu valor para garantir sua permanência na Fórmula 1". O piloto mostra confiança para reverter a pífia participação no GP da França.
Até agora, Nelsinho só completou duas etapas do Mundial em modestas 11ª e 15ª colocações, na Malásia e Turquia, respectivamente.