O sofrimento foi grande, com emoção do primeiro ao último minuto. Porém, nesta última quarta-feira, no Maracanã, o Fluminense ignorou a tradição do Boca Juniors, seis vezes campeão da Libertadores, aplicou 3 a 1 e avançou à final da competição pela primeira vez na sua história. Washington, Darío Conca e Dodô marcaram para o Tricolor, enquanto Palermo anotou o tento dos argentinos (foto).
Com a vitória, o Fluminense igualou o feito do Santos de Pelé, que em 1963, na final da Libertadores, superou o Boca Juniors e conseguiu derrubar a equipe argentina.
Agora, na grande decisão da competição sul-americana, o Fluminense pega a LDU, do Equador, nos dia 25 de junho, em Quito, e no dia 2 de julho, no Rio de Janeiro.
Porém, antes da decisão o Tricolor entra em campo pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, a equipe encara o Grêmio, às 16h, no Olímpico, em Porto Alegre.
Mesmo com o Maracanã lotado, o Boca Juniors, experiente, não se intimidou e começou a partida em cima do Fluminense. O Tricolor, por sua vez, errava muitos passes.
O Fluminense pareceu ter acordado para o jogo aos dez minutos, após boa chance desperdiçada por Washington. Só que tudo ficou na impressão. O Boca Juniors continuava melhor e quase inaugurou o placar com Palermo.
A partir dos 25 minutos, percebendo o amplo domínio do Boca Juniors, o técnico Renato Gaúcho pediu para Arouca "colar" em Riquelme. Mesmo assim, os argentinos seguiram dominando. No fim, aos 40, Fernando Henrique salvou na cabeçada de Palermo.
"Não estamos jogando e nem prendendo a bola na frente. A defesa precisa respirar um pouco. Uma hora vai acabar levando o gol. Precisamos melhorar", disse o zagueiro Luiz Alberto, na saída para o intervalo.
O segundo tempo começou igual ao primeiro: com o Boca Juniors em cima do Fluminense e "tomando conta" do meio de campo. Não demorou muito e, aos 12 minutos, Palermo abriu o placar para os argentinos.
Com o resultado, o Fluminense estava sendo eliminado. Renato Gaúcho, então, sacou o cabeça-de-área de Ygor e colocou o atacante Dodô. Porém, aos 17, de falta, Washington deixou tudo igual e recolocou o Tricolor na disputa.
Com o empate favorecia ao Fluminense, o time passou a explorar os contra-ataques. Num deles, aos 25, Darío Conca, que contou com a sorte, desempatou para o Tricolor.
O Fluminense seguiu explorando os contra-ataques. Dodô, com duas boas oportunidades, poderia ter matado o jogo. Como não fez, o Boca Juniors foi para o "tudo ou nada". Fernando Henrique, com ótimas defesas salvou o Tricolor. No fim, aos 47, Dodô marcou o terceiro e garantiu, definitivamente, o time na final da Libertadores.
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