Por considerá-lo um jogador diferenciado, o técnico Adílson Batista (foto) confirmou ontem, enquanto aguardava no Estádio San Siro, em Milão, o jogo Milan x Udinese, que o lateral-esquerdo Sorín entra definitivamente em seus planos, podendo reestrear no Torneio de Verão, no Uruguai, a partir de 17 de janeiro, contra o Atlético, ou dia 25, contra o Uberlândia, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pela primeira rodada do Campeonato Mineiro. O treinador gostou muito da viagem à Europa e da experiência que adquiriu: “É melhor ver ao vivo o que ocorre e ainda aprendi alguns métodos de treinamentos que poderemos adotar na Toca. Estou feliz ainda pelo fato de os ingleses também acompanharem nossas atividades. Tanto que eles têm gravado o jogo Cruzeiro 3, Grêmio 0, com vários itens avaliados da partida”.
Para Adílson, a única interrogação sobre Sorín é a parte clínica, porque o jogador, fisicamente, está excelente: “A parte profissional e técnica dele não se discute. Vamos rezar para que não tenha problemas –ficou três meses cuidando do joelho direito, onde fez uma cirurgia –, pois será muito útil na temporada. É um jogador que tecnicamente não se discute, além de ser muito experiente”. No dia 5, Sorín vai cumprir o mesmo programa de treinos dos companheiros, para ficar à disposição e disputar o primeiro jogo da temporada: “Vamos precisar apenas de inteligência para aproveitá-lo na hora certa, olhando bem sua parte física, poupando-o em algumas oportunidades, porque, mesmo não tendo privilégios, é um jogador de 32 anos”.
O técnico não se preocupa com o fato de o São Paulo já ter feito cinco contratações importantes para a próxima temporada e que o Grêmio esteja à frente do Cruzeiro em relação a reforços: “A qualquer momento, poderemos ter o encaixe, os jogadores chegarão, e estaremos prontos para começar a temporada confiantes pelas opções que teremos”. Adílson confirma que há mais de três anos o clube celeste tenta trazer o lateral Vitor, do Goiás: “Mas ele é muito caro e foge de nossa realidade”. Falou sobre o zagueiro Luiz Alberto, do Fluminense, que estava praticamente contratado e não é mais a opção para a defesa: “Ele jamais foi a nossa preferência nº 1. Continuamos conversando com o zagueiro que desejamos como prioridade”.
O treinador assegura, porém, que o zagueiro não é Adaílton, do Santos, muito menos seu companheiro Domingos: “O Domingos é mais um becão. Já o Adaílton é superior tecnicamente. Eu o acompanho desde a categoria de base, jogando pela Seleção Brasileira”. Adílson está satisfeito pela contratação de Wellington Paulista: “É um jogador que esteve muito bem contra a gente. Sabe jogar na área, preparar a bola e finalizar. Será uma opção importante para o ataque, com o Wanderley, porque ambos têm as mesmas características”. Não falou em Rômulo, mas, ao ser indagado, reconheceu que o atacante, que se recupera de uma contusão e também joga enfiado na área, é importante: “É bom ter três jogadores assim à disposição”.
Manter a base
Hoje, o Cruzeiro define se realmente Wellington Paulista vem. Na última reunião em Belo Horizonte, com o Ability, grupo investidor que detém os direitos do jogador, confirmaram-se o acerto e os detalhes para que, a partir de 1º de janeiro, o clube celeste seja dono de 50% dos direitos do atacante. O problema é que ele ainda não assinou contrato, o que pode acontecer hoje. O atleta quer receber, inicialmente, o que tem direito no Botafogo. Reclama três meses de salários atrasados, mais o 13º salário.
Para Adílson, o importante é que o Cruzeiro mantém a base e não negociou nenhum jogador-chave do seu esquema: “Sabemos que o clube vai vender pelo menos um, mas, se vamos manter este grupo, como falei depois do jogo contra a Portuguesa (em 7 de dezembro), é uma vantagem muito boa. A estrutura, nós já temos”.
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