A partir da troca fechada com o Dínamo de Kiev no último sábado, o Cruzeiro perdeu Guilherme, um artilheiro frio de apenas 20 anos, em fase de consolidação, e ganhou Kléber, de 25 anos, jogador bem mais rodado e que tem nas assistências a sua principal arma (foto).
Guilherme ganhou projeção na Copa São Paulo de 2007, conquistada pelo Cruzeiro, quando marcou sete gols e foi o artilheiro do time. Na mesma temporada, já como profissional, ele fez 13 gols, sendo três no Mineiro e dez no Brasileirão.
No ano passado, já como titular absoluto, Guilherme assumiu a condição de artilheiro do Cruzeiro a partir da venda de Marcelo Moreno para o Shakhtar Donetsk. Ele terminou o ano com 23 gols (18 no Brasileiro, três no Mineiro e dois na Libertadores) à frente do boliviano, com 15, de Ramires, com 13, e de Wagner, com 10.
Ao todo, Guilherme deixou o Cruzeiro com 36 gols em 84 jogos, com média de 0,42 gol por apresentação.
Uma contusão muscular na coxa direita impediu Guilherme de atuar pelo Cruzeiro esse no Torneio de Verão e no Estadual.
Adílson Batista disse que a transferência de Guilherme deixou uma aresta no elenco. “Dos que estão nenhum tem a característica do Guilherme. Ele é diferente, ele sai da área, é bom tecnicamente, frio para finalizar, melhorou principalmente sem a bola, em termos de recomposição, é participativo”, comentou o técnico.
Kléber
O novo reforço, por outro lado, ainda não mostrou no Brasil e no exterior o seu faro de artilheiro. No ano passado, por exemplo, Kléber marcou apenas 12 gols pelo Palmeiras, sendo oito deles no Brasileirão, três no Campeonato Paulista e um na Copa do Brasil.
O forte de Kléber no Palmeiras foram as assistências.
No Dínamo, clube pelo qual ele conquistou dois Campeonatos Ucranianos (2004 e 2007) e três Copa das Ucrânia, Kléber jamais foi um goleador. Sua melhor temporada nesse quesito foi a 2005/06, quando marcou 16 gols (11 no campeonato e 5 na Copa).
Kléber fez 37 gols pelo Dínamo entre janeiro de 2004 e dezembro de 2007, quatro anos completos. Foram 28 gols no Ucraniano e nove pela Copa. O brasileiro não conseguiu balançar as redes em torneios continentais
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