Com nove jogos na temporada, sendo sete oficiais, o Atlético (foto) mostra evolução e tem conseguido, além de vitórias, apresentar algumas qualidades quando entra em campo. Porém, ainda está longe do desempenho pretendido pelos torcedores e pelo técnico Emerson Leão, até por estar convivendo com muitos problemas de contusão, que têm impedido o treinador até de comandar treinos coletivos, optando por outras atividades.
O pequeno número de jogadores à disposição também provoca mudanças nos planos a longo prazo do comandante alvinegro. Ele costuma tomar alguns cuidados antes de lançar jogadores jovens na equipe principal, mas, com os desfalques, se vê obrigado a queimar etapas.
Isso ocorreu, por exemplo, com o lateral-direito Marcos Rocha e com o zagueiro Werley, que começaram a treinar este ano com os profissionais e em pouco tempo ganharam oportunidade, chegando até mesmo a ser titulares. Isso poderá se repetir no sábado, quando o Galo recebe o Uberlândia, às 16h, no Mineirão, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.
Com a expulsão de Carlos Júnior na vitória sobre o Rio Branco, e com Lopes e Tchô ainda entregues ao departamento médico, além de Renan Oliveira e Pedro Paulo, que fazem recondicionamento físico, Leão poderá promover a volta do armador Yuri. Porém, como o jogo é em casa e pode praticamente garantir a equipe na segunda fase do Estadual, não está descartada a manutenção de um esquema mais ofensivo, com três atacantes. Nesse caso, Raphael Aguiar, que vem ganhando chances desde o ano passado, e Kléber, que estreou no time profissional diante da equipe de Andradas, disputam a preferência do treinador. “O Yuri até evolui muito bem, mas em termos de aproveitamento não foi feliz. E temos de ver os outros, pode surgir alguma coisa até o fim da semana”, explicou Leão.
Os que buscam um lugar ao sol estão procurando dar o máximo nos treinamentos. No caso de Yuri, um problema é jogar mais adiantado do que está acostumado. “Pode-se dizer que sou um segundo armador, não um camisa 10 que vai à frente. Mas tenho procurado cumprir o que o treinador pede e estou pronto para ajudar, caso seja escalado”, afirmou o jogador, de 20 anos, e que promete tentar se aproximar mais da área adversária, se ganhar nova chance. “O Leão pede para entrar em diagonal, ficar perto dos atacantes. É o que procuro fazer.”
Surpresa
boa Kléber, por sua vez, reconhece que foi pego de surpresa quando convocado para integrar o grupo profissional e até mesmo por ter sido relacionado para os jogos – ele voltou das férias da equipe júnior no começo do mês e, a princípio, apenas para completar os treinos. Porém, garante que, se escalado, não vai decepcionar.
“Desde o início do ano havia algumas conversas sobre vir para o profissional, mas nossa equipe foi mal na Copa São Paulo. Aí, surgiu a oportunidade de treinar com os profissionais e estou trabalhando firme e forte para, quem sabe, ter uma oportunidade como titular”, disse o atacante, de 18 anos, capixaba de Estância Velha e que chegou ao Galo em 2007, para jogar no juvenil.
Com 1,87m de altura e 79kg, ele acredita que pode ser a solução para um problema detectado por Leão: a falta de um jogador que seja referência no ataque. “Na base, eu trabalhava bastante isso que o treinador chama de jogador ‘paradão’, fazia bastante o pivô na entrada da área, era cabeceador. Espero ter uma oportunidade para ser esse cara no profissional”, disse o fã do sueco Ibrahimovic, da Internazionale, da Itália.
foto: Arquivo
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