 Do time que o técnico Adílson Batista pretende lançar domingo, diante do América, às 16h, no Mineirão, para defender a liderança do Campeonato Mineiro e a invencibilidade na temporada – 10 vitórias e três empates –, cinco jogadores já disputaram o clássico: o goleiro Fábio, os laterais Jonathan e Sorín; o zagueiro Thiago Heleno; e o armador Wagner. Eles não negam que, apesar de o Cruzeiro (foto) manter um tabu de sete anos sem perder para o rival, será uma partida dificílima.
“No clássico não há favorito e, por ter jogado pelo menos três vezes pelo América contra o Cruzeiro, sei como eles encaram este jogo, que vai nos exigir muita atenção”, destaca o armador Wagner. Sorín lembra que nenhum clássico, mesmo o Cruzeiro apresentando uma supremacia ultimamente, é fácil. Em 2000, quando chegou pela primeira vez ao clube (esta é a terceira passagem), enfrentou o América nas finais do Torneio Sul-Minas, perdendo por 1 a 0 e 2 a 0: “Agora, temos um grupo bem preparado, mas isso não quer dizer que já vencemos. Vamos tratar o adversário com o maior respeito, porque ele merece”.
Fábio observa que o América vem de duas derrotas (Copa do Brasil e Estadual) e vai jogar tudo pela reabilitação: “Não existe jogo fácil e este requer ainda mais cuidado e determinação para não voltarmos a perder pontos, como domingo, contra o Tupi. Queremos os três pontos”. O zagueiro Thiago Heleno e o lateral Jonathan, que desde a categoria de base sabem perfeitamente o que é ter o América como adversário, alertam: “No clássico, sempre o público é maior e as cobranças também. Na base não era diferente. As equipes se conhecem e muitos jogadores foram nossos adversários em outros clássicos”, assinala Jonathan.
O time está sendo preparado pelo técnico Adílson Batista sem o atacante Kléber, que fraturou o nariz, domingo, contra o Tupi; o volante Henrique, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e o lateral Fernandinho, que ontem soube da gravidade da contusão no joelho esquerdo, diante do Carijó: ruptura do ligamento cruzado anterior. Ficará de seis a oito meses fora do futebol. A cirurgia será na próxima semana.
O lateral recebeu com resignação a notícia. “Agora é torcer para que a cirurgia dê certo e depois é fazer a recuperação da melhor maneira possível porque uma recuperação boa é sinônimo de uma boa volta lá na frente. A preocupação agora é que ocorra tudo bem. Eu tiro de letra, porque não foi a primeira vez. Uns quatro anos atrás tive essa contusão no joelho direito”, contou ele.
Improvisação
Assim, Sorín passa a ser a principal opção para a lateral esquerda, mas confirma que ainda não está preparado para jogar 90 minutos. Para a posição, o técnico tem também Gérson Magrão e Diego Renan, de 19 anos. Caso Adílson faça outra opção, será improvisando Jonathan ou Marquinhos Paraná. Ambos não criam problemas. Dizem que estão prontos para jogar onde o técnico determinar, mas têm suas preferências: “Prefiro a direita, porque lá eu consigo jogar mais. Quero é atuar para depois não ter nenhuma dor de cabeça, caso um companheiro entre no meu lugar, jogue bem, faça gols. Aí, naturalmente, vem a interrogação. Será que vou continuar?”, diz Jonathan.
Já o volante Marquinhos Paraná, que, ano passado, foi curinga do time afirma que deve começar de lateral, mas que preferiria estar no meio, onde rende mais. “Mas o Adílson não vai me perguntar isso. Prepara e depois faz a opção pelo que é melhor para a equipe”.Hoje à tarde haverá atividade na Toca. O atacante Jael, que não estava sendo aproveitado, rescindiu o contrato e vai jogar pelo Goiás.
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