Mesmo com Marcos Rocha à disposição, o técnico Emerson Leão vai manter o zagueiro Werley improvisado na lateral direita do Atlético. A explicação é tática.
“Eu achei que, dentro desta base, eu precisaria de um homem com a característica dele porque eu liberei o Júnior (foto) um pouco mais. Quando você libera um pouco mais, você cria um espaço vazio nas costas do Júnior, e ele não é expert na alta velocidade em voltar, nem pode. Tem que cobrir aquele lado. Se todo mundo gira para aquele lado, o último homem passa a ser o Werley. Quando ele chega no meio, chega como zagueiro. Como zagueiro, ele domina o território. Não é o caso que aconteceria com o Marcos (Rocha)”, explicou Leão.
Desde o começo da temporada, o treinador tem demonstrado preocupação com o fôlego de Júnior, hoje com 35 anos. Leão chegou a testar o lateral como meia. Não deu certo. “Ele jogou como meia só no primeiro jogo. Quase que me deu um infarto”, brincou Leão, que decidiu por manter Júnior na posição de origem.
Na lateral direita, Marcos Rocha assumiu a camisa 2 após a lesão de Sheslon, no começo de fevereiro. Sheslon sofreu ruptura total do ligamento cruzado anterior e só voltará aos gramados no segundo semestre. O novo titular atuou por oito partidas. Em três delas deu lugar a Werley na segunda etapa de jogo.
Contra o Villa Nova, Werley assumiu a titularidade por causa da suspensão de Marcos Rocha. Foi mantido nos confrontos contra Ituiutaba e Uberaba.
Leão já avisou que Werley seguirá na lateral na partida de volta contra o Uberaba, quarta-feira da semana que vem, no Mineirão, pelas quartas-de-final do Campeonato Mineiro.
O Atlético venceu o jogo de ida, no Uberabão, por 1 a 0. Por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Galo pode até perder por um gol de diferença que avança à semifinal, quando enfrentará o vencedor do confronto entre Rio Branco e América.